Luciana Santos, uma feminista no Governo de Pernambuco

A reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) trouxe para o Palácio do Campo das Princesas a primeira vice-governadora da história de Pernambuco. Com passagem pela Prefeitura de Olinda, pela Assembleia Legislativa (Alepe) e pela Câmara Federal, Luciana Santos (PCdoB) diz que vê com “entusiasmo” o protagonismo das comunistas na política nacional, como é o caso das parlamentares recém-eleitas e Manuela D’Ávila, candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT). “Nós temos a maior bancada feminina nacionalmente. Nós elegemos 9 deputados e 4 delas são mulheres”.

A depender do resultado das eleições presidenciais, o PCdoB pode estar, pela primeira vez desde o governo do PT, em 2002, fazendo oposição ao Governo Federal. A nova configuração partidária do Planalto também pode influenciar a atuação do partido no Parlamento. Atualmente presidente nacional do PCdoB e cumprindo mandato de deputada federal, como a terceira mulher pernambucana a ocupar o cargo, Luciana contou que durante o mandato priorizou pautas que fossem capaz de reduzir a desigualdade de gênero. “Tenho emendas voltadas para promoção da igualdade feminina, caso do Porto Digital e das creches; tenho emendas para o empreendedorismo feminino também, que eu acho que a melhor forma de emancipação da mulher é a sua autonomia financeira. Também tenho emenda para ressocializar as mulheres dos presídios, no caso específico do Bom Pastor”, lembrou.

Ainda de acordo com a comunista, que é formada em engenharia elétrica pela Universidade Federal de Pernambuco, entre os indicadores de desigualdades que precisam ser superados estão a diferença de salário por exercer a mesma função e a questão da autonomia financeira da mulher. Ela também considera que a ocupação dos espaços de poder colabora no sentido de fazer valer “o que é mais forte pela igualdade”. Como vice-governadora, ela afirma que será uma voz feminina no Governo do Estado e ressaltou que ao longo dos anos foram concedidos direitos femininos, como a primeira Secretaria Especial da Mulher, criada no governo Eduardo Campos e programas como o Mãe Coruja.

“Tenho a responsabilidade de ser a primeira vez vice-governadora da história, ser a terceira deputada federal da história de Pernambuco, já fui deputada estadual. Então eu tenho consciência da responsabilidade e fazer com que o olhar para as mulheres ele ganhe cada vez mais contorno de uma ação política transversal, que perpasse todas as políticas públicas do Estado, e é essa tem sido minha trajetória, como deputada estadual, como deputada federal, como prefeita de Olinda, sempre procurei exatamente promover a inclusão social das mulheres e a superação da desigualdade”, diz.

 

Blog da Folha

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