Foto: Divulgação/Câmara da Vitória |
No esforço por garantir às futuras gerações a preservação de sua memória histórica, a Mesa Diretora da Câmara de Vereadores da Vitória de Santo Antão executa o projeto de digitalização de todos os documentos do Setor de Arquivo da Casa, permitindo manter dados históricos significativos da existência do Poder Legislativo.
Para isso o presidente da Câmara, Prof. Edmo da Costa Neves Filho (MD), determinou a contratação de uma empresa especializada neste tipo de serviço. Profissionais da área já estão atuando no manuseio de documentos históricos e catalogando tudo para a etapa de digitalização. Para a Chefe do Arquivo da Casa Severina Calixta da Silva Nascimento, que exerce o cargo como efetiva desde 2000, o acervo é riquíssimo pois envolve documentos históricos manuscritos da época em que a Câmara Municipal intitulava-se Conselho Municipal, lá ainda estão disponíveis: Registro de Leis e Decretos de 1893, Livro de Portaria e Nomeação de 1892 a 1920, Livros de Empregados de 1892, Regimento Interno de 1923 a 1930, Registro de Leis Municipais de 1926, Livro de Registro de Portarias de 1926, Ata de Sessão Solene de 1939, Decreto sobre Divisões Distrital e Zonas Urbanas e Suburbanas do município de 1938, dentre outros.
Um dos profissionais envolvidos, o historiador Eraldo Ribeiro Tavares, que é graduado em História pela Faintvisa e com Mestrado em Ciências da Religião pela UNICAP, o trabalho tem sido revelador e sinaliza que muitos fatos importantes do passado servirão de grande reflexão para a Vitória de Santo Antão de hoje. Ele foi professor por 04 anos da rede municipal de ensino vitoriense, lecionando História e Geografia, hoje atua como Professor de Sociologia, no Colégio Projeção.
“Pretendemos formar na Câmara de Vitória um pequeno grupo de historiadores da própria cidade para trabalhar com os arquivos da Casa, casando estes com os documentos antigos do Instituto Histórico e da Prefeitura, a fim de produzir artigos científicos ou até mesmo livros sobre a História da Vitória de Santo Antão. Outro objetivo é digitalizar e disponibilizar no site da Casa Diogo de Braga o acervo correspondente a toda a sua memória”, pontuou Eraldo Tavares.
Segundo o historiador, diante dos fatos que foram levantados até o momento, existia um acesso das classes menos favorecidas as sessões da Câmara, pois os coronéis em séculos anteriores permitiam o pronunciamento destes na Tribuna. “Os coronéis geralmente eram vereadores e era comum o voto de cabresto já naquela época. De modo que inicialmente pretendemos reconstruir a vida cotidiana do município da Vitória, em pleno Brasil Imperial e início de República (período de 1833-1900) e depois seguir a partir de 1900 em diante”, explicou.