Após anunciar a nova sede para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) na Avenida Henrique de Holanda, no prédio de uma antiga concessionária de veículos, no trevo de Redenção, a Prefeitura da Vitória de Santo Antão acabou cometendo crime ambiental durante as modificações da área do imóvel.
Conforme alertou a denúncia de um leitor, que optou em não se identificar, a gestão “realizou a remoção da vegetação (mata ciliar) às margens do Rio Tapacurá, através da empresa de saneamento ambiental. Sendo essa área de preservação permanente e previsto como crime ambiental no Código Florestal sua remoção”, enfatizou.
Toda a vegetação natural (arbórea ou não) presente ao longo das margens dos rios, e ao redor de nascentes e de reservatórios, deve ser preservada. De acordo com a Lei do Código Florestal Brasileiro, a largura da faixa de mata ciliar a ser preservada está relacionada com a largura do curso d’água.
A ausência da mata ciliar faz com que a água da chuva escoe sobre a superfície, não permitindo sua infiltração e armazenamento no lençol freático. Ela também é uma proteção natural contra o assoreamento, além de ser elemento auxiliar no controle biológico das pragas.