Em uma reação às críticas do deputado federal Jarbas Vasconcelos, que o acusou de “traição”, o senador Fernando Bezerra Coelho afirmou, na tarde desta quarta-feira (13) que foi convidado a entrar no PMDB, disse ser vítima de agressões de quem busca justificar seus próprios erros e disparou contra o ex-governador: “cinismo”. Com apoio da direção nacional da legenda, FBC deve assumir o comando do PMDB em Pernambuco para conduzir o partido para a oposição ao governador Paulo Câmara (PSB). O discurso ocorreu enquanto uma reunião da Executiva Nacional debatia o futuro do diretório estadual. A assessoria de imprensa do deputado Jarbas Vasconcelos disse que ele não se pronunciaria sobre o discurso.
“É fácil falar com barganhas políticas no plano federal para atingir pessoas. Mas não reconhecer as mesmas barganhas no nível estadual é um cinismo, senhor presidente. São os cargos e secretarias que fazem o deputado Jarbas Vasconcelos aceitar alianças políticas que antes rejeitava?”, questionou o senador. “Repilo as agressões dos que não tendo argumentos buscam macular nossas atitudes com o objetivo de distorcer e criar uma narrativa que justifique seus próprios erros e equívocos políticos”, afirmou Bezerra Coelho.
Garantindo que não fez nada escondido, Fernando Bezerra lembrou as declarações diferentes que Jarbas assumiu em questão de dias sobre a sua entrada no partido. “A ficha vai cair. Teremos a oportunidade de trabalhar com muitos que hoje fazem o PMDB em todas as regiões do Estado. Agradeço desde já as manifestações que venho recebendo de diversos companheiros”, disse.
O senador também alfinetou Jarbas dizendo que não basta ter sobrenome para vencer na política. É preciso ter preparo, vocação trabalho e votos. “Alguns líderes fracassam em eleger seus filhos”, emendou. Em 2012, Jarbas não conseguiu eleger o seu filho, Jarbinhas, como vereador do Recife.
PAULO CÂMARA
Ao prometer uma grande frente política liderada pelo PMDB para levar Pernambuco a um novo tempo, Fernando Bezerra Coelho não deixou de mirar no governador Paulo Câmara. “Tenho a consciência tranquila que busquei participar do projeto que apresentamos aos pernambucanos em 2014. Não me foi permitido dar a minha contribuição. Erros administrativos e sobretudo políticos vêm se acumulando em Pernambuco. Não tenho receios dos embates que teremos que enfrentar”, afirmou.
FBC citou o apoio ao governo do presidente Michel Temer como uma das razões pelo afastamento com o Palácio do Campo das Princesas. “Não tenho duas caras ou posição dúbia. Como justificar o apoio ao governo estadual cujo maior mote é denunciar o palanque da frente de oposições que se articula como sendo um palanque do presidente Temer?”, questionou.
JC Online