A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) foi eleita a melhor empresa do setor de água e saneamento do país pela edição 2017 do Anuário Época Negócios 360º. A premiação foi entregue na noite de ontem (08) ao presidente da Compesa, Roberto Tavares, durante cerimônia realizada em São Paulo, com as presenças do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin e do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A revista revelou as empresas campeãs setoriais e o ranking das 300 melhores companhias brasileiras, agrupadas em 27 setores da economia. Os critérios utilizados para a escolha da Compesa transcenderam o desempenho financeiro da empresa. Foram consideradas também as práticas de Recursos Humanos, a capacidade de inovar, a responsabilidade socioambiental, a visão de futuro e a governança corporativa. O anuário fez uma análise profunda dos dados da companhia referentes ao ano de 2016, assim como o planejamento a longo prazo e as estratégias para 2017.
De acordo com Roberto Tavares, a continuidade da mesma filosofia de gestão adotada no Governo de Pernambuco, nos últimos dez anos, permitiu que fosse criada uma cultura gerencial resiliente, capaz de enfrentar momentos difíceis e as crises econômica, política e hídrica. “Os riscos e desafios são inerentes à atividade empresarial. A seca extrema no Nordeste, por sete anos consecutivos, afetou nosso faturamento e nos impôs custos mais elevados. Por outro lado, nos ensinou a criar alternativas para enfrentar as adversidades. Tivemos disciplina para seguir nosso planejamento estratégico, fazer o monitoramento sistemático do nosso conjunto de metas, envolvimento de quase 7 mil colaboradores e apoio total do governador Paulo Câmara para manter uma gestão baseada na meritocracia”, explicou o presidente, acrescentando que outras ações contribuíram para a empresa alcançar excelentes resultados: desenvolvimento institucional, mudança da marca, elaboração de novos projetos e a preparação para a companhia crescer com mais intensidade quando o momento voltar a ser favorável.
Nos últimos dez anos, o Governo do Estado, por meio da Compesa, realizou o investimento de mais de R$ 6 bilhões em obras de expansão e melhorias de saneamento em Pernambuco, o maior da história. Só ano passado, esses investimentos foram de R$ 491 milhões e, em 2017, devem chegar a R$ 800 milhões. “A Compesa tem conseguido crescer e cumprir sua missão de universalizar os serviços de saneamento em Pernambuco. E esse crescimento se deve essencialmente ao novo modelo de gestão adotado, com foco nas pessoas, modernização da operação, aperfeiçoamento do controle de qualidade e planejamento estratégico, ações que permitiram profissionalizar a atuação da companhia no mercado”, informa Roberto Tavares.
Os investimentos mais significativos em saneamento no estado, nos últimos dez anos, foram a construção do Sistema Produtor Pirapama – para atender Recife, Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão dos Guararapes – e a Adutora do Agreste, a maior obra hídrica estruturadora em andamento no país, que terá, no futuro, mais 1,5 mil quilômetros de tubulações assentadas e atenderá 68 municípios do Agreste. Para ampliar os serviços de esgotamento sanitário na Região Metropolitana e no município de Goiana, está em execução a maior Parceria Público Privada (PPP) do saneamento no Brasil, com investimentos estimados em R$ 4,5 bilhões, em parceria com o grupo canadense Brookfield. No interior de Pernambuco, 4,7 milhões de pessoas serão beneficiadas com a implantação de sistema de esgotamento sanitário por meio do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca e do Projeto de Sustentabilidade Hídrica de Pernambuco, em parceria com bancos internacionais (BID e Banco Mundial).
Avaliação – A sexta edição do Anuário Época Negócio 360º foi realizada por meio da parceria técnica com a Fundação Dom Cabral – responsável pela formulação da metodologia, pesquisa de campo e processamento final das informações – e a Boa Vista SCPC, que fez a pesquisa de balanços e processamento dos dados financeiros. O anuário ainda contou com a colaboração da Economática, para dados e rankings de companhias abertas, e da Aberje que possibilitou a comunicação com as empresas. As campeãs setoriais ainda foram avaliadas por um júri formado pelo diretor de redação da Época Negócios, Dárcio Oliveira, e especialistas em cada uma das dimensões usadas para formar o ranking das 300 melhores empresas.