As doses contra a hepatite B agora podem ser aplicadas em adultos com menos de 50 anos. Até dezembro, também devem ser ampliados os programas de combate à coqueluche e à catapora
Pelo menos R$ 300. Esse é o valor que um brasileiro com mais de 30 anos desembolsa para se proteger em clínicas particulares contra o vírus da hepatite B, que atinge as células do fígado. Há menos de um mês, a atitude em prol do bem-estar é gratuita. O Ministério da Saúde ampliou o limite de idade para a vacinação contra a doença de 29 para 49 anos. Já as meninas de 10 e 11 anos poderão se imunizar contra o HPV pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de março de 2014. Esse acesso ampliado e novo na rede é visto com otimismo por especialistas, que esperam, ainda para este ano, a entrada das vacinas de catapora e coqueluche no SUS.
Aos poucos, prevenções para as doenças se tornam gratuitas no Brasil, fortalecendo, segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Renato Kfouri, a característica de sermos um país com uma das maiores coberturas vacinais do mundo. “Nesse aspecto, o Brasil é imbatível”, defende. Há 14 anos, por exemplo, entrava no calendário de imunização nacional a vacina para hepatite B. De acordo com Kfouri, as doses foram primeiro aplicadas em bebês. “Com o passar do tempo, foram estendidas a crianças maiores; em seguida, aos adolescentes; depois, chegaram aos adultos de até 29 anos”, destaca. Hoje, aqueles com até 49 anos podem ir a qualquer posto de saúde para receber as três doses. De acordo com o ministério, a medida beneficia um público-alvo de 150 milhões de pessoas — 75,6% da população total do Brasil.