Os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), reunidos em assembleia da categoria nesta quinta-feira (3), decidiram por definir um indicativo de greve. Agora, uma segunda assembleia será realizada no dia 10 de novembro para debater a deflagração da greve.
Segundo o presidente da Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe), Augusto Barreto, 265 docentes votaram a favor do indicativo de greve na assembleia desta quinta-feira. Outros 110 apresentaram votos contra. Na próxima assembleia, os professores ainda devem definir se a greve – caso seja deflagrada – será por tempo indeterminado ou não.
Barreto revelou acreditar que as ocupações não estão gerando qualquer dano aos estudantes. “O prejuízo é o mínimo possível, porque as aulas serão repostas. Todo o conteúdo, a carga horária, tudo isso é refeito com o novo calendário acadêmico. Entretanto, pequenos grupos de estudantes, poucos, têm um prejuízo iminente, pontual, que é uma provável ampliação do deadline da colação de grau. É um prejuízo pragmático, mas o benefício é bem maior”, avaliou.
Também estiveram presentes na assembleia alguns estudantes, que buscavam dialogar e apresentar seus argumentos. “Nós estudantes não temos como votar, mas temos voz. E é justamente por isso que os movimentos de ocupação e resistência estão acontecendo”, declarou Suzane Silva, estudante de enfermagem e representante dos discentes, que negou haver um intuito de “pressionar” os professores. “Não é nem pressionar, é uma medida de pedir apoio aos professores para que a gente consiga se movimentar para uma greve geral. A gente quer conseguir fazer uma sensibilização dos professores, para que eles entendam que não é oba-oba”, pontuou.
Folha de Pernambuco