Até agora única produtora de margarina em Pernambuco, a Bunge terá até o fim do mês um novo fabricante no Estado com quem vai disputar o segmento. A BRF, antiga Brasil Foods, concluiu sua fábrica do produto em Vitória de Santo Antão, onde tem um complexo de produção de alimentos. Os executivos da indústria estão só fechando a agenda para a inauguração, prevista ainda para dezembro.
A unidade tem capacidade para produzir 8 mil toneladas por mês, pouco menos que 100 mil toneladas de margarina por ano. Não é de hoje que os dois grupos disputam o mercado de margarinas em Pernambuco, inclusive com lances de muita pressão. No final da gestão do governador Mendonça Filho, em 2006, o produto foi retirado da cesta básica com benefícios fiscais com ICMS. Mas a Bunge recebia incentivos fiscais por já ter em funcionamento sua fábrica em Suape.
Como resultado, os produtos das concorrentes Perdigão e Sadia ficaram mais caros, até o final de 2007, quando as duas empresas anunciaram investimentos em unidades no Estado e a margarina voltou à cesta básica. Mas a fábrica de margarinas, um investimento de R$ 140 milhões anunciado em 29 de novembro de 2011, em Vitória de Santo Antão, só foi lançado após a aprovação formal da fusão entre a Sadia e Perdigão pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), resultando na BRF. O grupo possui outras duas fábricas de margarina no Brasil, em Uberlândia (MG) e em Paranaguá (PR).
De acordo com o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), Roberto de Abreu, a localização geográfica de Pernambuco no Nordeste contribuiu para a ampliação do complexo alimentício da BRF em Pernambuco. E não só da empresa. “Temos recebido muitos investimentos nessa área de alimentos muitos grupos, inclusive, têm optado por investir fora do Grande Recife, provocando a interiorização do desenvolvimento do Estado”, comenta Abreu. A nova unidade da BRF ocupa uma área de 38 mil metros quadrados e tem previsão de gerar 150 empregos.
Só vejo notícias de fabricas e mais fabricas abrindo em Vitória, e o desemprego continua. Muita gente tendo que recorrer ao mísero salário e às horríveis condições do comércio na cidade, que é o marco de Vitória.