O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), abriu seu discurso, na cerimônia de inauguração da plataforma P-62, no Estaleiro Atlântico Sul, em Suape, rechaçando a ideia de alguns de que ele e a presidente Dilma Rousseff (PT) não poderiam participaram de um mesmo evento por conta da possibilidade de a “disputa democrática” entre eles no ano que vem. Campos pode se candidatar a presidente em 2014, enquanto a petista busca a reeleição.
O socialista disse que o pernambucano sabe receber e que a presidente era muito bem-vinda no Estado. Campos também fez questão de destacar que, publicamente, sempre frisou que a considera uma mulher honrada, que tem compromissos com o País.
No entanto, sutilmente, destacou que as parcerias anunciadas por Dilma serão possíveis pela disposição dos pernambucanos de tirar do papel essas ações. Campos ainda disse que, na nova política, não há recursos de governos e partidos políticos, mas do povo.
O socialista afirmou que ambos, ele e Dilma, sabem separar o que é o interesse público das questões políticas, lembrando que os dois foram unidos, lá atrás, pelo ex-presidente Lula (PT). A declaração arrancou aplausos dos operários.
Voltando às críticas, Campos disse que o Nordeste representa 28% da população brasileira, mas que só recebe 13,5% das riquezas geradas no País, fazendo uma cobrança por mudança nesse aspecto. E soltou: “Dizia o poeta que não há vento bom para quem não sabe onde quer ir”.