Taxa de desocupação atinge 9,1% em Pernambuco no segundo trimestre

Do primeiro para o segundo trimestre, a maior queda foi sentida na construção (-10,6%). De um ano para o outro, a geração de emprego no setor caiu 16,9%.
Do primeiro para o segundo trimestre, a maior queda foi sentida na construção (-10,6%). De um ano para o outro, a geração de emprego no setor caiu 16,9%.

Pernambuco fechou o segundo trimestre deste ano com uma taxa de desocupação de 9,1%. O resultado é maior que o obtido na média nacional para o período (8,3%). O dado também fica acima do resultado obtido para o Estado no primeiro trimestre de 2015 (8,2%) e entre abril e junho do ano passado (7,9%).

Levando em consideração todas as capitais do Nordeste, a taxa ficou em 10,3%, a maior entre as regiões do Brasil, num movimento que se repete nos últimos anos. Os números fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta terça (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre abril e junho, havia 371 mil desocupados em Pernambuco. Isto é, 13,8% a mais que no trimestre imediatamente anterior (326 mil) e 19,1% a mais que no segundo trimestre de 2014 (311 mil). O IBGE considera desocupado o cidadão que não trabalha no período de referência, mas está tomando providências para mudar essa situação.

A pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy comenta que, por aqui, num movimento em linha com o resultado nacional, os dados do período foram fortemente influenciados pelo aumento da procura por trabalho, apesar do crescimento da população ocupada no período (1,3% ante o trimestre anterior e 2,6% ante o ano passado).

Do primeiro para o segundo trimestre, a maior queda foi sentida na construção (-10,6%). De um ano para o outro, a geração de emprego no setor caiu 16,9%. O setor de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, por sua vez, apresentou crescimento de 10,5% de um trimestre para o outro de 10,0% na comparação anual.

RENDIMENTO

O rendimento médio real (descontada a inflaçã) do pernambucano que trabalha no setor privado com carteira assinada (com exceção do trabalhador doméstico) caiu 15,5% de um ano para o outro e 4,9% na comparação trimestral. Adriana chama atenção para o descolamento, nesse aspecto, do resultado nacional. Na média do País, esse resultado foi considerado estável nas duas comparações.

O rendimento médio real também teve queda para tem atua no setor público (incluindo servidor estatutário e militar): de 12,8% no ano e de 10,4% no trimestre.

JC Online

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