Homenagens e emoção marcam translado dos restos mortais do monsenhor Renato da Cunha Cavalcanti

Emoção e homenagens marcaram o translado dos restos mortais do monsenhor Renato da Cunha Cavalcanti, o conhecido Padre Renato, nesta quinta-feira (16/11), data em que completaria 94 anos de nascimento. O cortejo foi iniciado no Cemitério São Sebastião e seguiu para a Matriz de Santo Antão, onde por 52 anos foi pároco inamovível. Pastorais católicas formaram procissão, com a participação de fiéis, padres da região, do Tiro de Guerra, da Banda Marcial Pedro Ribeiro e autoridades.

Na igreja, fogos e aplausos anunciaram a chegada do cortejo. Uma solene concelebração eucarística, em sufrágio pela alma do Padre Renato, foi presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido. Ao final da cerimônia religiosa, os restos mortais foram depositados no jazigo dos párocos, na Igreja Matriz de Santo Antão.

 A iniciativa concretiza um desejo pedido em vida pelo monsenhor. “Hoje está se concretizando aqui algo que o padre Renato planejou, pensou, em vida: exatamente voltar a esta igreja. Esse local que ele próprio preparou”, destacou Dom Fernando.

TRAJETÓRIA – Natural do município de Timbaúba, Renato da Cunha Cavalcanti nasceu em 16 de novembro de 1929. Ingressou no Seminário de Olinda, onde cursou por doze anos os Curso de Humanidades (Ginásio e 2º Grau), curso de Filosofia e curso de Teologia. No Instituto Católico de Paris, cursou um ano de Teologia. Aos 25 anos, em 17 de abril de 1955, foi ordenado padre na Capela das Missões Estrangeiras, em Paris, na França.


Em abril de 1965, Dom Helder Câmara concedeu a Renato o título de vigário colado – Pároco Inamovível – distinção que em 2013 cabia a apenas 10, dos mais de 250 sacerdotes da arquidiocese de Olinda e Recife. Por esta distinção, o religioso permaneceu há tanto tempo na Paróquia de Santo Antão. À frente desta, o monsenhor viu as mudanças em Vitória de Santo Antão nas últimas cinco décadas. Ruas surgiram. Bairros e paróquias se multiplicaram. Dos seus 60 anos de vida religiosa, o sacerdote dedicou 52 à paróquia. O sacerdote faleceu em 02 de maio de 2015, depois de meses de luta constante contra câncer.

Fotos: Roberto Silva

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