Servidor de agência do INSS de Vitória de Santo Antão é afastado por fraudes de R$ 470 mil

O chefe substituto da agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Vitória de Santo Antão foi afastado do trabalho sob suspeita de envolvimento em fraudes. O afastamento ocorreu na manhã desta terça-feira, quando a Força-Tarefa Previdenciária de Pernambuco deflagrou a operação Ambu, para desarticular o que foi definido como “esquema de fraudes previdenciárias” naquele município, cumprindo dois mandados de busca e apreensão.

Segundo informações da Polícia Federal (PF), as fraudes foram detectadas a partir de análise encaminhada pelo próprio INSS e o esquema consistia na reativação temporária de benefícios cessados por óbito, com alteração do motivo de cessação e os dados do titular, para recebimento de valores indevidos e o funcionário teria incluído os próprios dados como representante legal ou procurador dos benefícios. O prejuízo estimado é superior a R$ 470 mil numa amostra de 32 benefícios adulterados.

Apesar de a PF não revelar o nome do chefe substituto da agência da Previdência Social de Vitória de Santo Antão, informou que ele tem 35 anos e responde pelo crime de inserção de dados falsos em sistema de informações (Artigo 313-A do Código Penal), com pena de dois a 12 anos de reclusão se condenado. Ainda segundo o informe distribuído para a Imprensa, foram apreendidos computadores e o celular do suspeito.

A operação “Ambu” contou com a participação de dez policiais federais e quatro servidores do setor de Inteligência da Secretaria Executiva do Ministério da Previdência Social. A Força-Tarefa Previdenciária de Pernambuco é formada pelo Ministério Público Federal (MPF), Ministério da Previdência Social (MPS) e Polícia Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes contra o sistema previdenciário brasileiro. O nome de operação é uma alusão a “ambu”, um ressuscitador manual utilizado em manobras de reanimação de pacientes, porque ao serem excluídos os registros dos óbitos dos titulares, os benefícios eram “ressuscitados” para geração de créditos indevidos apropriados no esquema.

*Com informações da Assessoria de Imprensa da Polícia Federal.

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