Suspeitos de fraudar concursos públicos são alvo da Operação Loki, desencadeada nesta quinta-feira (21) em Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Paraíba. A investigação é sobre os certames do Corpo de Bombeiros e das polícias Militar e Civil de Alagoas, segundo o delegado alagoano Cayo Rodrigues.
Ao menos quatro pessoas foram presas, sendo um deles o suspeito de ser o chefe do esquema criminoso, um ex-policial militar alagoano. O balanço total de mandados cumpridos não foi divulgado até a última atualização desta reportagem.
“Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão em quatro estados. O balanço final da operação será fornecido posteriormente. Foram cerca de 80 ordens judiciais sendo cumpridas concomitantemente para evitar essas fraudes de concursos públicos”, declarou o delegado alagoano.
A Polícia Civil de Pernambuco informou que foram nove mandados de prisão para suspeitos no estado e 41 de busca e apreensão somente apara Pernambuco. Ao menos duas pessoas foram presas em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana, e foram encaminhadas para Maceió, informaram os policiais alagoanos que participaram da ação no interior do estado.
Na Paraíba, foram quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão. De acordo com o delegado, o homem preso em João Pessoa é um ex-policial militar de Alagoas, suspeito de ser chefe da organização criminosa. Ele já foi alvo de outra operação sobre fraude a concursos. Uma quarta pessoa foi presa em Alagoas.
“A operação acabou se inclinando ao alvo que já é conhecido da Polícia Civil paraibana e conseguimos identificar que, mais uma vez, ele vinha praticando os mesmos delitos. Ele coordena as fraudes com auxílio de outros comparsas”, declarou Rodrigues.
Em Pernambuco, as equipes se reuniram na sede da Polícia Civil, localizada na Rua da Aurora, no Centro do Recife, antes das 4h da manhã. Uma equipe da Globo flagrou a movimentação, com diversos policiais saindo para cumprir os mandados.
Segundo a corporação, ao todo, foram escalados 250 policiais para cumprir os mandados. Os materiais apreendidos em Pernambuco foram encaminhados para a sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), no Recife.
G1 Pernambuco
Foto: Everaldo Silva/TV Globo