Em cinco meses, Vitória de Santo Antão registrou 29 mortes violentas, diz SDS

A Secretaria de Defesa Social divulgou na última terça-feira (15) os números de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) e o município de Vitória de Santo Antão, distante 54,4 km do Recife, registrou em cinco meses 29 mortes violentas letais intencionais.

De janeiro a maio, mais de 20 pessoas foram vítimas de homicídios. Ainda de acordo com os dados do órgão, 27 das mortes foram do sexo masculino, equivalente a 93,1% e somando os números dois casos fazem parte do sexo feminino, equivalente a 6,9%.

As idades dos vitimados variam entre 17 a 64 anos. A maior parte dos registros são entre 35 a 64, que representa 51,72%. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes ficou em 19,88%.

JANEIRO COM MAIS MORTES

O período até o momento que aconteceram mais crimes foi janeiro. Dos 29 homicídios, nove foram somados no primeiro mês do ano.

MARÇO COM MENOR NÚMERO

Considerado o período mais tranquilizante para Vitória de Santo Antão – março contabilizou apenas uma morte violenta. Nos meses seguintes [abril e maio] o gráfico subiu para oito.  

Em entrevista concedida ao Blog Nossa Vitória, o delegado Guilherme Mesquita, da 12ª Delegacia de Seccional, explicou que a Terra das Tabocas teve 15 homicídios a menos, comparando ao mesmo período do ano passado. “Foram mais de 40% de redução e 15 vidas salvas pelo Pacto Pela Vida, em Vitória. Já a Área Integrada de Segurança (AIS), número 12, que compõem nove cidades, teve mais de 40% também e tudo isso é fruto de muito trabalho e da atuação em conjunta das forças de segurança que atuam no enfrentamento à criminalidade.”, pontou.

FALTA DE POLICIAMENTO E ESTRATÉGIA OPERACIONAL

A ausência de policiamento em áreas distintas acarretou nesses números, aliado a isso a carência de uma estratégia operacional mais eficaz corroborou a ineficiência das ações preventivas e ostensivas.

Como por exemplo: o engessamento de viaturas em áreas, consideradas como ponto quentes, que já registraram homicídios. Por outro lado, a localidade que não recebe esse suporte de policiais, sofre com ocorrências de roubos e uso de violência pelos assaltantes, além do tráfico e consumo de drogas, perturbação de sossego e entre outras ilicitudes.

Fica evidenciado que o engessamento da PM em áreas previsíveis, já é notado pelos criminosos que passaram a agir onde a Polícia Militar é ausente.

Para melhorar esse cenário, uma das alternativas é dar mais mobilidade aos militares – criando um programa de rondas e abordagens em bairros, que apesar não registraram homicídios, são carentes da presença policial.

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