Na entrevista coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (24) para tratar sobre as ações de combate à Covid-19 em Vitória de Santo Antão, secretários da gestão do prefeito Aglailson Júnior (PSB) foram questionados acerca da implantação de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atender aos pacientes acometidos pela doença, tendo em vista a superlotação das unidades na capital pernambucana.
A instalação de uma unidade de estrutura adaptada para lidar com casos graves tem sido uma pauta de interesse popular nos últimos dias nas redes sociais e se reforçou depois que a prefeitura anunciou 50 leitos de retaguarda para atender os casos mais leves. A implantação provisória, que não conta com respiradores, terá o aporte financeiro mensal de R$ R$ 975 mil. Os leitos serão distribuídos na Hospital e Maternidade Apami e no Centro Hospitalar Santa Maria.
A nova estrutura de atendimento, no entanto, só deve começar a atender na próxima semana, de acordo com a perspectiva da Secretaria Municipal de Saúde. Durante a coletiva, Jailce Carla, secretária da pasta, informou que apenas metade dos leitos deve estar funcionando no período supracitado.
“As instituições [os hospitais] estão se ‘movendo’ em relação às adequações que já foram orientadas e, no mais tardar, daqui a oito ou dez dias, a gente já tenha um funcionamento, não da totalidade, mas de pelo menos 50% desses leitos”, disse a secretária.
Sobre as UTI’s de alta complexidade, Jailce destacou que precisa ter uma contrapartida do Governo do Estado para colocá-las em prática, tendo já solicitado à Secretaria Estadual de Saúde. “Enviamos um e-mail ao secretário André Longo e para o governador Paulo Câmara, que ontem mesmo acusaram o recebimento (…), pra gente ver por onde vamos iniciar os próximos passos. Uma coisa é o município querer fazer (…). A gente tá querendo. Numa frente bem próxima, a gente vai precisar desse aporte”, destacou.
Já Paulo Teixeira, assessor especial da gestão, acrescentou que “existe um lado político para que as coisas aconteçam”, em referência a uma provável ida do prefeito do município à capital pernambucana para tratar do assunto com o Governo. “Provavelmente, mais tarde, teremos algum posicionamento”, disse Teixeira, ao encerrar a coletiva no início da tarde.
Prédio da UPA
O prédio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município, que deveria estar pronta e entregue à população desde o ano de 2014, poderá servir no enfrentamento à Covid-19, para atender pacientes sintomáticos da doença, segundo estima a Secretaria de Saúde. “A gente está em estudo epidemiológico para implantar um serviço de atendimento na UPA, pela estrutura que ela dispõe. Estamos trabalhando para que seja o mais rápido possível”, disse. No local, deverão funcionar 20 leitos de observação, além de sala de estabilização.