Carnaval expõe fraquezas da gestão municipal

O reflexo da fraqueza da gestão municipal de Vitória de Santo Antão, na pasta de Cultura, Turismo e Esportes, foi mais uma vez exposta durante a realização do Carnaval. Sem planejamento e feito às coxas, as falhas ficaram em evidência no evento.

Como já havia sido anunciado pelo Blog Nossa Vitória, desde a semana pré-carnavalesca, a iluminação já necessitava de reforços no percurso da folia. Quem avisa, amigo é… mas ignoraram. Apenas lâmpadas que estavam queimadas foram trocadas e o resultado foi escuridão nos corredores da folia. Sem qualquer novidade, a decoração também não apresentou novidades e foi finalizada às vésperas.

Ainda no quesito organização, a politicagem falou mais alto. As cores usadas no material da prefeitura evidenciaram a cor de campanha do gestor vermelho. Além disso, sem mencionar as tradições do carnaval vitorienses, os elementos usados remeteram ao maracatu.

Aos 45 do segundo tempo, os banheiros químicos chegaram aos locais e, na sexta-feira à noite, a montagem chegou a bloquear vias, trazendo retenções no percurso, inclusive, afetando o Clube de Fados Taboquinhas. A pouca quantidade de sanitários gerou críticas dos foliões.

Quem curtiu as festividades de momo também notou a ausência de lixeiras nas ruas, além da falta de pontos para troca de vasilhames de vidro por garrafas plásticas. Como de costume, sem qualquer padronização, os gasoseiros fizeram a festa e se amontoaram em meio aos blocos. Também não foi novidade a excessiva fiação de empresas de internet e telefonia cruzando as vias de percurso de trios elétricos. Questão que deveria ser observada com antecedência.

A lacuna de agremiações e a aposta em blocos em formato indoor, deixaram a manhã e início da tarde sem opções para os foliões que curtem o verdadeiro carnaval de rua. Outro ponto de crítica foi a grade de atrações do polo Duque de Caxias, que em sua maioria contemplou bandas de forró.

Por falar no polo, mais uma vez a cena de atrapalho às agremiações se repetiu. No sábado de Zé Pereira, mais uma vez a montagem do palco colocou um caminhão estreitando a Duque de Caxias, durante a passagem da Troça ÉTesão e ÉTesuda. Sem pulso e equipe da gestão, no domingo e segunda-feira, os shows não pausaram durante a passagem das agremiações puxadas por orquestra de frevo, a exemplo dos tradicionais clubes Leão e Cisne. Apenas na terça-feira de Carnaval, por iniciativa própria do cantor Almir Rouche, a banda pausou apresentação e saudou o Clube dos Motoristas – O Cisne, contando com dueto entre a orquestra e banda.

CRISE – Assim como ocorre no carnaval baiano, os blocos de trio elétrico em Vitória também passam por crise. Após o fim de muitos, os sobreviventes agora enfrentam a dificuldade de vendas de abadás. Nesta edição, muitos dos blocos adotaram o formato sem corda, puxando a pipoca.

SEGURANÇA – Com programação desde janeiro, a tranquilidade durante as festividades de momo foi destaque neste carnaval. A atuação do efetivo da Polícia Militar foi parabenizada pelos foliões.

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