Oposição usa hospitais contra gestão Paulo Câmara

Nesta segunda-feira (25), o deputado Marco Aurélio (PRTB), juntamente com as deputadas Clarissa Tércio (PSC), Priscila Krause (DEM) e os deputados Antônio Coelho (DEM), William Brígido (PRTB) e Romero Sales Filho (PTB), em meio ao que chamaram de blitz da oposição, fizeram nesta manhã uma visita ao Hospital Agamenon Magalhães.

O governo rebateu. O deputado Isaltino Nascimento, líder do governo Paulo Câmara na Alepe, novamente disse que as emergências dos hospitais estaduais são melhores que as da rede privada de Pernambuco, em debate na Assembleia nesta segunda-feira.

Depois da fiscalização, o deputado Marco Aurélio disse que o cenário era “igual ou até pior do que foi encontrado no Hospital Getúlio Vargas”, na semana passada.

“Funcionários trabalhando em péssimas condições, salários atrasados e pacientes espalhados pelos corredores. Isso é apenas a ponta do iceberg. Logo na entrada, nos deparamos com uma senhora de 85 anos sentada numa maca em frente ao banheiro feminino em condições desumanas e próximo a uma lixeira. Um quadro deprimente e desolador”, classificou.

“Durante a visita, também conversamos com alguns funcionários que reclamaram de salários atrasados e má condições de trabalho. Eles nos disseram. “Você quer oferecer uma assistência de qualidade e não pode, isso é frustrante”, nos contou funcionária que prefere não ser identificada com medo de represálias. Eles falam ainda sobre a falta de reajuste salarial desde 2014 – recebendo atualmente R$ 774 e mostrando inclusive o contracheque na tela do próprio celular”, afirmou o deputado.

O deputado Antonio Coelho destacou a postura dos profissionais da saúde do HAM, que mesmo em condições de extrema dificuldade, mantêm seu compromisso com a saúde dos pacientes. “Um quadro muito triste e muito desolador, mas a lição que fica é o do heroísmo dos profissionais de saúde do Estado. Encontrei profissionais que recebem menos de um salário mínimo, funcionários terceirizados com três meses de salários atrasados, e mesmo assim enfrentam e tratam com dignidade esses pacientes”, disse o parlamentar.

A deputada Priscila Krause enumerou outros problemas encontrados no HAM. “Na emergência geral, clínica médica, a capacidade de 30 pacientes é ignorada, tendo 97 pacientes internados e sem as condições mínimas. Fora isso, não existem leitos de isolamento para pacientes com doenças infectocontagiosas, causando risco de transmissão de doenças para demais pacientes e até para o corpo técnico”, afirmou a democrata.

O deputado Romero Sales Filho disse que a situação das emergências poderia ser amenizada com a conclusão das obras do prédio anexo. No entanto, a obra está paralisada há quase cinco anos.

“Esse prédio anexo poderia ser utilizado para desafogar a emergência, mas está totalmente abandonado desde 2014. A obra já consta no relatório de obras paralisadas do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Um equipamento que melhoraria as condições de atendimento, e que não foi finalizado como previsto. Lamentavelmente estamos vendo que a saúde não é prioridade para este governo”, afirmou Romero.

O deputado William Brígido disse que a sensação é que o clima nos hospitais públicos “é de guerra civil”. “É um sentimento de tristeza, de dor, é desumano. As pessoas deveriam ser tratadas como seres humanos e não são. Ouvi o relato de uma enfermeira que ganha R$ 700. Imagina como é trabalhar nesse clima. São verdadeiros super-heróis”, destacou.

“O descaso e abandono com a saúde do nosso Estado é um desrespeito aos pernambucanos que depositaram a confiança de mais quatro anos nesse Governo. A inversão de prioridades é lamentável. De um lado o carnaval do luxo que vem aí. Do outro, a saúde entregue às moscas”, afirmou Clarissa Tércio.

Blog de Jamildo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *