O estado de Pernambuco notificou 6.244 casos confirmados de arboviroses no ano de 2018. Os dados foram apontados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), que, nesta sexta-feira (11), divulgou o novo boletim sobre a Síndrome Congênita do Zika Vírus com o intuito de informar a respeito das arboviroses no estado, reforçar o combate ao mosquito transmissor e ao vírus do zika.
De acordo com o boletim, apesar da redução de casos da Síndrome Congênita do Zika Vírus(SCZ/microcefalia) desde o período da epidemia, em 2015, até o ano de 2018, os números nos estado ainda são altos – ano passado foram confirmados 16 casosda doença.
Apresentando uma redução de 94,1% no número de ocorrências da síndrome entre 2015 e 2018, a Secretaria Estadual de Saúderelembra à sociedade a dar continuidade nas ações para prevenire eliminar os possíveis criadouros do Aedes aegypti. Além disso, as gestantes, ou mulheres com perspectiva de engravidar, devem manter os cuidados para evitar a infecção pelo zika vírus durante toda a gestação, principalmente nos primeiros meses, quando a ação do vírus sobre o bebê é mais intensa.
Cenário atual
É importante pontuar que o risco de ocorrência de casos de zika não chegou ao fim, embora o cenário de circulação do vírus no estado de Pernambuco, principalmente entre gestantes, esteja bem menor do que no período epidemiológico.
No ano passado, Pernambuco registrou 1.440 notificações e 56 confirmações de zika. Todas as regiões do Estado registraram notificação de casos e houve registro da suspeita da doença em 117 municípios. Desses, 23 tiveram casos confirmados.
Em relação à chikungunya, o Estado registrou uma redução de 38,1% nos casos notificados. Foram 3.246 registros, com 557 confirmações em 2018. Em contrapartida, foram notificados 22.397 casos de dengue, com 5.631 confirmações, apontando para um aumento de 25,8% nas notificações na comparação de 2018 e 2017.
Estudos realizados, no ano de 2018, pelo 6º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) mostraram que 128 (69,6%) municípios do Estado estão em situação de risco para transmissão elevada.
Por esse motivo, é indicado manter os cuidados contra o mosquito Aedes aegypti, como manter bem tampados caixas d’água, jarras, cisternas, poços ou qualquer outro reservatório de água; manter as lixeiras tampadas e secas; nunca jogar lixo em terrenos baldios; manter as calhas d’água limpas e ter cuidados especiais durante a gestação, como a realização de consultas de pré-natal, uso de repelentes tópicos e relações sexuais apenas com preservativos durante o período da gravidez.
Folha de Pernambuco