A fase local do processo de beatificação e canonização de dom Helder Câmara – arcebispo de Olinda e Recife entre 1964 e 1985 e conhecido como o “dom da paz” – foi concluída em cerimônia presidida por dom Fernando Saburido nesta quarta-feira (19). A solenidade ocorreu na Cúria Metropolitana, no bairro das Graças, área central do Recife.
Com o fim da etapa diocesana, que compete à Arquidiocese a qual dom Helder pertencia, é iniciada a chamada “fase romana”, na qual o processo é encaminhado ao Vaticano, onde será avaliado por duas comissões e posteriormente pelo papa Francisco.
No processo constam 54 testemunhos, mas, para a beatificação ser aprovada, é necessário que haja a comprovação de um milagre póstumo do ex-arcebispo. Outro milagre comprovado é necessário para a canonização. De acordo com o postulador do processo, o frei Jociel Gomes, os registros e as provas do milagre requerido já estão anexadas no processo, mas é necessário sigilo.
“Para que seja caracterizado milagre é necessário que existam algumas provas. Em caso de cura, os laudos médicos. Nós já temos estes documentos no processo, mas não podemos falar sobre pois ele [o processo] segue em sigilo de justiça”, explicou o frei. “Hoje é um dia histórico é importantíssimo, não somente para nossa Arquidiocese, mas pra toda a Igreja Católica. O mundo todo, que conhece dom Helder e sabe da sua história certamente está muito feliz com a realização”, declarou dom Fernando.
A etapa diocesana do processo de beatificação e canonização, que durou três anos e sete meses, teve início em 3 de maio de 2015. Para dom Fernando, boas notícias sobre o processo devem chegar à AOR no primeiro semestre de 2019.
Folha de Pernambuco
Foto: Julya Caminha/Folha de Pernambuco