Substituição de secretários no radar

Com a proximidade do prazo legal de desincompatibilização para quem vai concorrer no pleito de outubro, há uma expectativa na base governista de que o governador Paulo Câmara (PSB) vá à mesa, esta semana, discutir a substituição dos oito secretários que pretendem concorrer. Segundo informação de bastidores, há uma tendência de que Paulo preserve os cargos nas mãos dos partidos que já integram a gestão para não gerar conflito de interesses entre os aliados.

Para concorrer a deputado federal, deixarão os cargos: o chefe de Gabinete do Governador, João Campos, o secretário de Administração, Milton Coelho (PSB), os titulares de Habitação, Kaio Maniçoba (MDB), Transportes, Sebastião Oliveira (PR), e Turismo, Felipe Carreras (PSB). No caso de Raul Henry (MDB), ele se desincompatibilizará da vice-governadoria e da pasta de Desenvolvimento Econômico. Além desses nomes, Nilton Mota (Casa Civil) e Marcelino Granja (Cultura) também deixam o governo para entrar na disputa de deputado estadual.

Alguns partidos que vêm prospectando novos filiados e mais espaço na administração pública estão interessados em ampliar sua influência, como é o caso do PP e do PSC. Isso porque o próprio PSB, que elegeu oito deputados federais em 2014, já perdeu metade dos parlamentares. “A base do governo está bastante equilibrada. Se você for fazer algum tipo de movimento, você abre debate”, afirma aliado do governador, em reserva. O presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa, que acabou de se filiar ao PSC, avisou que espera ser ouvido nesse processo.

MDB

Os outros espaços do MDB (Desenvolvimento Econômico, Suape, Condepe/Fidem) também ficam em dúvida, já que o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) pode conquistar definitivamente o controle do diretório, arrastando a sigla para a oposição. Essa questão do MDB é ainda mais urgente, já que o próximo evento da frente “Pernambuco Quer Mudar” ocorre no sábado, em Ipojuca, e o fim da janela partidária pode adiantar esse desfecho.

De olho na reeleição, Kaio Maniçoba deve deixar o partido e rumar para o Solidariedade, a convite do deputado federal Augusto Coutinho. A movimentação se dá em função da disputa pelo comando do MDB, que também parece motivar o ingresso de Tony Rodrigues, filho do deputado estadual Tony Gel, no Solidariedade.

Na Casa Civil, quem assume o lugar de Nilton Mota é José Neto. Na secretaria de Turismo, a tendência também é solução interna. Com a saída do filho de Eduardo Campos da chefia de Gabinete, o cargo também será destinado a um técnico.

 

Blog da Folha

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