Consumo e geração de energia crescem 2% em março

O consumo e a geração de energia elétrica no Brasil cresceram 2% em março na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números constam de boletim preliminar da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgado na noite desta quinta-feira (5). O boletim comporta dados de medição coletados entre os dias 1º e 31 de março, com a prévia de geração e consumo de energia, além da posição dos consumidores livres e especiais.

Segundo o boletim, no mês de março, a elevação no consumo foi influenciada diretamente pelas maiores temperaturas registradas este ano. Com o aumento, foram consumidos 64.949 MW médios no Sistema Interligado Nacional (SIN).

No que diz respeito à geração de energia, o mês de março alcançou 68.314 MW médios. Essa geração mostra que também houve aumento de 2% em relação ao mesmo período de 2017. O boletim destaca que a produção das usinas hidrelétricas aumentou 3,5% – o percentual também inclui a geração das pequenas centrais hidrelétricas.

Já a geração das usinas eólicas subiu 9,3%, enquanto que a das usinas nucleares e térmicas caiu 35,4% e 10,1%, respectivamente, no período. A explicação para a queda na geração térmica é a menor produção das usinas termelétricas a gás, que ficou em 14,1%.

Os setores cujo consumo cresceu, considerando autoprodutores, comercializadores varejistas, consumidores livres e especiais, foram: comércio (25,7%), serviços (11,0%) e manufaturados diversos (9,4%). O crescimento desses setores está vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre”, informou a CCEE.

O mercado livre, segmento de venda da energia, voltado para grandes consumidores, permite que o cliente escolha de quem comprar e negociar preço e duração do contrato. Dados da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), que representa empresas que atuam na compra e venda de energia nesse mercado, indicam que esse segmento cresceu 17% no ano passado.

Dentro do mercado regulado, a CCEE informa que o consumo subiu 1,2%. Esse valor leva em consideração a migração de consumidores para o mercado livre. Sem esse efeito na análise, o aumento alcançaria 3% no período.

 

Agência Brasil

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