A servidora pública investigada pela Polícia Federal (PF) na “Operação Tabocas”, por fraudes na concessão de aposentadorias em Pernambuco, é suspeita de reter parte dos benefícios irregularmente concedidos por ela. De acordo com a corporação, a mulher possui imóveis em nomes de filhos e parentes, com uma renda que não condiz com o patrimônio.
“A servidora que chefiava a quadrilha tem 20 imóveis no nome de parentes e filhos. Esses imóveis estão alugados, mas todos no nome dela. E nas buscas foram encontrados os boletos de pagamento de todos os 20 imóveis. A atividade criminosa se arrastava a cerca de dois anos e esse tempo não condiz com o crescimento do patrimônio dela”, explicou o delegado Renato Madsen, da Delegacia Regional de Investigação ao Crime Organizado,
Nesta segunda-feira (26), oito mandados de intimação e dois de busca e apreensão foram cumpridos no Grande Recife, no Agreste e na Zona da Mata do estado. Os mandados de busca e apreensão foram para a agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de Vitória de Santo Antão, na Mata Norte, e para a casa da servidora pública da mesma unidade, investigada na operação.
Segundo o delegado, a quadrilha investigada atuava em três instâncias. A primeira era por servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), responsáveis por inserir dados falsos para concessão dos benefícios. “Se inventava um enquadramento das pessoas nos requisitos para se aposentar como se fosse trabalhador rural”, detalha o delegado.