Subiu em 173% o número de pessoas inscritas no banco de medula óssea de Pernambuco entre 2013 e 2017. Com isso, a Hemorrede Pública de Pernambuco passou de 3.811 para 10.413 doadores nos últimos quatro anos. Além do salto de cadastros, aumentou também o quantitativo de transplantes realizados com as medulas cadastradas. O crescimento foi de 50%, levando em conta os anos de 2016 e 2017, quando os procedimentos subiram de quatro para seis.
“Esse aumento é resultado de muito trabalho e esforço por parte da gestão e dos envolvidos no processo em alcançar a população e multiplicar as informações sobre a importância do cadastro. Também acho que a população está mais aberta a conhecer o projeto e atender essa demanda reprimida de pacientes que estão precisando de transplante por doador não parentado”, comentou a coordenadora do cadastramento de doadores de medula óssea do Hemocentro Recife, Josiete Tavares.
No ano passado, o Hemocentro (HC) Recife registrou 6.148 novos possíveis doadores, enquanto as unidades captadoras da Fundação Hemope no Interior receberam 4.265 novos cadastros. As unidades hemoterápicas de Petrolina e Ouricuri, no Sertão, tiveram 908 registros cada. Mesmo com os resultados positivos, o percentual mínimo de 2% recomendado de doadores em razão da população ainda não foi atingido e, por isso, a sociedade deve permanecer ativa nas inscrições para o banco.
Para ser um doador, é preciso ter entre 18 e 55 anos. O candidato ao cadastro pode procurar um hemocentro e agendar uma consulta de esclarecimento ou palestra sobre doação de medula óssea. Ele irá assinar um termo de consentimento e preencher uma ficha com informações pessoais. Logo em seguida, são coletados 10 ml de sangue. O sangue do possível doador será analisado em laboratório para identificar características genéticas que vão ser cruzadas com dados mundiais de pacientes que necessitam de transplantes para determinar a compatibilidade.
Dados
Desde o primeiro transplante de medula óssea em Pernambuco, em 1999, já foram realizados no Estado 1.968 procedimentos, incluindo doações entre familiares e extra banco. Em 2017, foram 225 procedimentos (187 em 2016 – crescimento de 20%). Em quase duas décadas de transplantes de medula óssea no Estado, 2015 registrou o maior número de procedimentos (233).
Folha de Pernambuco