Mal acabou o Carnaval e o setor de chocolate já está com tudo pronto para iniciar a época mais esperada do segmento. Segundo dados da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), nesta temporada, que começou em outubro de 2017 e segue até o fim de março, foram geradas 23 mil vagas de trabalho temporário nas indústrias e lojas especializadas em todo o Brasil para atender a demanda de ovos e produtos de chocolate.
Apesar de ser 5,9% menor do que o total de empregos abertos para a Páscoa de 2017, a contratação de temporários deste ano é considerada positiva pelo setor, que espera vendas maiores. Empresas ainda se mostram prudentes na hora de empregar, mas estão confiantes nos sinais positivos de indicadores da economia.
De acordo com o presidente da Abicab, Ubiracy Fonseca, o setor se recupera de anos ruins. “O balanço do primeiro semestre do setor de chocolates mostrou uma produção praticamente estável no comparativo entre 2016 e 2017. Mas a expectativa agora é que os dados do segundo semestre acompanhem o crescimento do mercado”, reforça.
Contrariando a média nacional, a Mondelez gerou 7,9 mil vagas temporárias, 5,4% a mais do que no mesmo período do ano passado. Na fábrica de Vitória de Santo Antão, que produz a marca Lacta, a geração de empregos para a época ficou em torno de 241 postos, que podem ser, de acordo com a empresa, absorvidos no futuro. “Os profissionais que se destacam durante o período de contratação ficam em nosso banco de talentos e são considerados para nossas oportunidades efetivas que ocorrem ao longo do ano”, afirma o gerente de Marketing de Chocolates Sazonais Mondelez Brasil, Ricardo Reis.
Produção
Em 2017 foram produzidas quase 9 mil toneladas de chocolate, o equivalente a 36 milhões de ovos. Para este ano, o volume ainda está em produção, no entanto, a expectativa do setor é de estabilidade, não mais de queda como vinha ocorrendo desde 2016. “Nos últimos anos vimos um comportamento atípico do setor que, em meio a uma forte crise econômica, obrigou as empresas a revisar estratégias e se adequar ao novo cenário. Estamos otimistas que os números deste ano comprovarão o amadurecimento da indústria e sua capacidade de organização em uma economia mais estável”, afirma o presidente da Abicab.
Folha de Pernambuco