Se fosse este um ano par, o dia de ontem poderia até coincidir com um primeiro turno de eleição. Sendo 2017 um ano ímpar, pode-se dizer que o lançamento do livro “Marco Maciel: Um Artífice do Entendimento”, na noite de segunda-feira (2), na Academia Pernambucana de Letras (APL), foi um dos principais acontecimentos políticos do ano em Pernambuco. A publicação foi escrita pelo jornalista Ângelo Castelo Branco para a Coleção Memória da Companhia Editora de Editora de Pernambuco (Cepe). Como de seu feitio – embora por motivos alheios a sua vontade, de saúde -, o biografado figurou de forma discreta na presença física, mas absoluta no significado.
A aquisição dos exemplares e o tradicional momento de autógrafos foram precedidos por uma cerimônia que lotou o auditório principal da APL. Acadêmicos, intelectuais e políticos de diversas gerações, entre ex-governadores (Roberto Magalhães, Joaquim Francisco, João Lyra Neto), secretários de estado, prefeitos e parlamentares, além de magistrados e admiradores do ex-vice-presidente da República, a maioria autointitulada “macielista” prestigiaram o lançamento.
Além da presidente da APL, Margarida Cantarelli, discursaram o vereador do Recife André Régis (PSDB); a deputada estadual Priscila Krause (DEM) – que representou a nova geração de “macielistas” e por várias vezes se emocionou ao falar; o autor Ângelo Castelo Branco; e o presidente da Cepe, Ricardo Leitão – que leu uma carta do governador Paulo Câmara endereçada à esposa do biografado, Anna Maria Maciel.
“Esse livro é fruto de muita conversa, muita pesquisa, muitas pesquisas que ele concedeu ao longo da vida política”, contou Castelo Branco. Segundo ele, inspirado pelo pai, Maciel fez da política seu sacerdócio. “Tanto que começou e terminou (sua trajetória) sem jamais ter tido nenhum vínculo com nenhum tipo de empresa, emprego ou renda que não fosse da vida pública. É uma página importante da história do pensamento político contemporâneo”.
Para o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, Pernambuco devia um livro dessa profundidade. “Quero me congratular com o presidente da editora, Ricardo Leitão, com o governador do Estado, Paulo Câmara, por essa iniciativa. É um publicação que coloca o ex-presidente Marco Maciel entre as referências dos melhores homens públicos da história de Pernambuco. Vivi aqui este momento e vou ler este livro com muito carinho. Estou aqui também representando minha família. Vim aqui, sobretudo, prestar uma homenagem a essa grande figura, esse exemplo de homem probo e correto que mostrou que é possível sim, fazer vida pública de maneira honrada e realizadora”.
Já o ex-governador Roberto Magalhães resumiu o sucesso do lançamento: “Todos falaram bem. Sabe por quê? Tinha-se o que dizer sobre Marco Maciel. E todos falaram com o coração. Ninguém inventou nada, não falou nenhuma demagogia. Vou sair daqui feliz”.
Blog da Folha
Foto: Ed Machado/Folha de Pernambuco