Detentos de duas unidades prisionais de Pernambuco estão produzindo farinha de abóbora. O trabalho com a farinha de semente de abóbora é realizado por 12 detentos dos presídios de Igarassu (PIG), Região Metropolitana do Recife, e de Vitória de Santo Antão, Agreste do Estado. O projeto, que poderá contribuir na reinserção dos detentos no mercado de trabalho, é uma ação da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, através da Executiva de Ressocialização (Seres), em parceria com Centro de Abastecimento de Logística de Pernambuco (Ceasa/PE).
Utilizado para a fabricação de pães, bolachas e bolos, o produto demora de três a quatro horas para ser produzido e tem início com a captação das sementes e sua higienização e secagem no forno. O reeducando Fábio Ferreira já decorou a receita e os benefícios do trabalho que realiza. “Vou poder até trabalhar numa padaria quando sair daqui e, com o dinheiro, alimentar minha família”, conta Fábio.
Destino do produto
Inicialmente, o alimento será oferecido a detentos com restrições alimentares. “Há duas nutricionistas trabalhando no projeto, mas a proposta é expandir para todas as unidades”, informa a nutricionista do Ceasa, Manuela Luiza de Almeida. De acordo com o Centro, a ação visa reduzir em 10% o uso da farinha de trigo na cozinha, o que gera uma economia de 314 mil reais ao ano.
Para a nutricionista da Seres, Cláudia Módolo, o lado social da ação é fundamental. “O reeducando leva para a vida dele o aprendizado e o benefício financeiro, além do fator nutricional do produto, importante, inclusive, na prevenção de doenças como diabetes e hipertensão”, comenta.
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