A intensão em alterar a Lei Orgânica de Vitória de Santo Antão para a volta da reeleição do cargo de presidente na Casa Diogo de Braga passou a contar com novos capítulos. Durante a última semana, buscando interferir diretamente no Legislativo, o prefeito Aglailson Júnior (PSB) decidiu desengavetar o projeto e orientou os vereadores Jota Domingos (PTC), Frasão (PRP) e Romero Querálvares (PSB) a serem os autores da modificação. Tudo com um só objetivo: tornar Novo da Banca (PSD) apto para a reeleição, mantê-lo no cargo na próxima eleição da Mesa Diretora e garantir a estabilidade política.
Para que tudo desse certo, o gestor municipal buscou garantir o apoio da base governista – maioria da Câmara. No entanto, a ideia não foi aceita por todos e o racha do grupo ocorreu. Antes mesmo da sessão ordinária em que o projeto seria apresentado, Toninho Nascimento (PRB) deixou a vice-liderança do governo e passou a assumir posição de ‘independência’. Em paralelo, Irmão Duda (PSDC) deixou também a segunda secretaria da Mesa Diretora.
Em contrapartida aos governistas, a bancada de Oposição buscou garantir os votos necessários para garantir a derrota do projeto. Aglailson, no entanto, decidiu ir mais além. Junto aos secretários de Governo, Lívio Amorim, de Educação, Jarbas Dourado, e de Serviços Públicos, Biu da Morepe, o gestor foi à Câmara, momento antes da sessão da última quarta-feira (23), para pressionar os parlamentares.
Nada adiantou. A pressão não surtiu efeito. Iniciada a sessão, com uma hora de atraso, os 13 votos necessários para a aprovação não foram amarrados e a decisão foi não colocar em pauta, engavetando a alteração. Insatisfeito, Aglailson Júnior deixou a Casa Diogo de Braga prometendo revanche.
Tensão bastante marcada, o racha da base governista voltou a ser exposto durante a sessão. Com o projeto enterrado, as cenas dos próximos capítulos já irão refletir na formação dos palanques para as Eleições 2018. Até lá, pode acontecer tudo. Inclusive, nada.
Sonho com o dia em que nossos políticos irão se preocupar com a cidade. Mas se preocupar do verbo ‘amar’. Só assim para termos uma melhora na vida dos cidadãos. Temos de ter projetos de ‘cidade’ não projetos de ‘governo’!