Um dia após o PSB realizar o seu congresso estadual e defender a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) anunciou que a novela sobre o seu destino político está chegando ao fim. Com sua ida para o DEM praticamente acertada, após ser alvo de um processo de expulsão das hostes socialistas, ele participou, nesta segunda-feira (28), da cerimônia de entrega de unidades do programa Minha Casa Minha Vida, em Caruaru, convocada pelo ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB).
Na ocasião, presença dos outros ministros pernambucanos Fernando Filho (Minas e Energia), Raul Jungmann (Defesa) e Mendonça Filho (Educação), que integram o chamado “G4”, além do senador Armando Monteiro (PTB), aumentou as especulações em torno da formação de uma frente de oposição para a eleição de 2018.
Fernando Bezerra, que não participou da convenção do PSB, neste domingo, vem disseminando seus planos majoritários, durante visitas a diversos municípios do interior, recentemente. Sua migração para o DEM, neste caso, seria o caminho para viabilizar a candidatura a governador.
O partido conta com o empenho de Mendonça Filho e do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, para ressignificar sua imagem. A sigla tende, inclusive, a mudar de nome e pode se chamar Mude ou Centro Democrático.
“Nós estamos conversando e ao longo dos próximos dias nós deveremos tomar uma decisão”, informou Bezerra Coelho, acrescentando que deverá conversar com o governador Paulo Câmara (PSB ) e o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, em breve.
Segundo o senador, as tratativas irão continuar nesta semana e o resultado deverá sair em 15 dias. “É evidente que, se a opção for por deixar o PSB, nós deveremos conversar com as forças políticas que estão de oposição ao atual governo. Mas temos muita conversa pela frente. Temos que aguardar o aprofundamento desses debates e dentro do tempo (setembro) deve ter uma posição. Estamos conversando com o DEM e temos conversando nós últimos dias com lideranças do PMDB nacional”, avisou.
FBC também voltou a falar do desconforto interno que vem sofrendo. “Todos sabem do grande desconforto das grandes dificuldades internas dentro do PSB desde a decisão que foi tomada em maio para o fechamento de questão das matérias do Congresso. Essa situação de desconforto permanece”, frisou. Em tom de recado aos correligionários que, no Congresso, criticaram o governo Temer, o senador ressaltou que, enquanto “alguns colocam as vozes só para sublinhar as críticas, é importante respaldar quem traz recursos para colocar Pernambuco para frente”.
Blog da Folha
Foto: Rafael Furtado