As maiores precipitações de chuvas, nos últimos dias, ocorreram na Zona da Mata Sul e Agreste do estado, principalmente nas bacias dos rios Ipojuca e Una. Na Mata Sul – onde o Governo de Pernambuco decretou estado de calamidade pública em 14 municípios – as chuvas fortes também trouxeram prejuízos para o abastecimento de água das populações de boa parte das cidades da região.
Vitória do Santo Antão está recebendo água apenas do Sistema Águas Claras, depois que a Adutora de Tapacurá, que contribui com 150 litros de água por segundo para o abastecimento da cidade – o que corresponde a 50% da oferta de água – teve trecho da tubulação deslocado pelas chuvas e está sem funcionar. O trecho da adutora que desacoplou fica dentro de um riacho, que está com o nível muito alto, dificultando o acesso dos técnicos da Compesa. A previsão é executar o conserto da tubulação até a próxima sexta-feira (02/06).
O Sistema Jussara, que também contribui para o abastecimento de Vitória, foi afetado pelas chuvas. Amanhã (30), a companhia deve finalizar o serviço de desobstrução da captação na estação elevatória do sistema. Por este motivo, o calendário da cidade voltou ao regime de três dias com água e 17 dias sem.
A Compesa também já conseguiu regularizar hoje (29) o abastecimento de água na cidade de Primavera. As duas barragens que atendem a cidade, Arrodeio e Jussara, ficaram sem operar em função da grande quantidade de lama que receberam com a água das chuvas – situação que impediu o tratamento da água.
Os prejuízos das chuvas para o abastecimento das cidades da Mata Sul também foram tema da reunião do Gabinete de Crise, que aconteceu ontem (28), com o objetivo de definir as medidas do Governo do Estado para enfrentamento às fortes chuvas que caem em Pernambuco desde o dia 27.