A criação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) em Pernambuco foi aprovada em Primeira Discussão pela Assembleia Legislativa, nesta terça (30). O Projeto de Lei nº 1330/2017, de autoria do Poder Executivo, cria o batalhão em substituição à Companhia Independente de Operações Especiais (Cioe), com um efetivo de 164 profissionais e gratificações que irão variar de R$ 2,5 mil a R$ 3,6 mil. Esse diferencial salarial também será estendido para o Batalhão Especializado de Policiamento do Interior e outras organizações militares estaduais.
Além do Bope, a proposição cria a Gratificação de Atividade Tática, no valor de R$ 800, que poderá contemplar 4.555 policiais. Segundo o Governo, os recursos para custear todas as gratificações previstas na iniciativa virão da redução do número de cotas do Programa Jornada Extra de Segurança (PJES).
O líder da Oposição, Sílvio Costa Filho (PRB), registrou o apoio da bancada em relação à criação do Bope. “Votamos a favor desse projeto, mesmo entendendo que isso não vai resolver o problema da segurança no Estado. Para isso, o Governo terá que repactuar o Pacto pela Vida”, declarou. “Faço também um apelo para que sejam retomadas as negociações com os policiais militares. A PM é a única categoria que não tem uma mesa de negociação com a gestão estadual”, lembrou.
O projeto 1330/2017 foi aprovado por unanimidade, com a abstenção do deputado Joel da Harpa (PTN). O parlamentar acredita que a proposição não atende as expectativas da categoria. “Dos 20 mil policiais de Pernambuco, 15 mil ficaram de fora dessas gratificações. Nós esperamos que essa maioria seja atendida pelo Governo no futuro”, considerou o deputado do PTN.
Foto: Jarbas Araújo/Alepe