Diretor da Interfama, Pedro Bernardo explicou que o reajuste é calculado anualmente com base na inflação de fevereiro e em um fator de produtividade do Ministério da Saúde. Como esse fator já foi anunciado, a Interfarma fez uma estimativa do reajuste com base na previsão do Banco Central para a inflação de fevereiro. “Segundo o BC, o índice deve ficar em torno de 5% e o fator já divulgado pelo Governo é de 3,4%. Por isso, o reajuste médio deve ser de 3,4%”, calculou.
Bernardo esclareceu que os medicamentos sofrem três reajustes diferentes, de acordo com a sua disponibilidade. O grupo 1 concentra os remédios que têm mais oferta no mercado, como os de hipertensão e diabetes, e leva a maior alta, equivalente ao IPCA.
Já o grupo 3 reúne os produtos mais recentes e de menor oferta e tem a menor alta de preços, que neste ano seria de 1,6%. Já o grupo 2 fica com os medicamentos intermediários e teria uma alta de 3,4%. A média dos reajustes também seria, portanto, de 3,4%.
Se confirmada, a alta será a menor desde 2008 e pode facilitar o acesso da população aos remédios. E é justamente com o aumento de vendas que a indústria farmacêutica espera manter seu faturamento neste ano, já que, segundo a Interfarma, o reajuste de 3,4% não cobrirá todos os gastos do setor. O reajuste oficial dos medicamentos será anunciado pelo Governo Federal em 31 de março e começa a valer em 1º de abril.
Folha de Pernambuco