Após ameaça de paralisação dos policiais militares, o Governo de Pernambuco anunciou, nesta quinta-feira, reajuste dos valores do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES). Segundo cálculos do governo, o programa tem custo mensal de 9,2 milhões e, com o aumento para todas as patentes e categorias das polícias Militar, Civil, Científica e Bombeiros, irá para R$ 11,9 milhões – quase R$ 2,7 milhões de incremento.
As novas regras estão no decreto do governador Paulo Câmara que será publicado na edição desta sexta (17) do Diário Oficial do Estado, com validade imediata. Nesta quinta-feira o governador, sancionou reajuste dos policiais militares.
Pelo decreto, a jornada extra dos praças (soldados, cabos, sargentos e subtenentes) passará de R$ 120 para R$ 200 – mesmo patamar a que chegarão os agentes da Polícia Civil. Os oficiais (tenentes, capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis), delegados e peritos criminais receberão R$ 300 contra os atuais R$ 270.
“Estamos melhorando o incentivo com o objetivo de ampliar o efetivo das forças de segurança a serviço da população de Pernambuco. É importante a gente sempre lembrar a função do PJES, criado em 1999 e depois aprimorado em 2012. Ele surgiu como uma forma de dar a oportunidade aos policiais de melhorarem sua remuneração trabalhando para o Estado, cumprindo sua missão, uma vez que a Constituição exige deles dedicação exclusiva ao poder público”, explica o secretário de Defesa Social, Angelo Gioia, em nota enviada pelo Governo.
Segundo o Governo de Pernambuco, cada policial poderá cumprir, por mês, até 10 cotas com jornadas de 12h do PJEs. Fazendo o máximo de carga horária, os praças e agentes poderão ampliar sua remuneração mensal em até R$ 2 mil, sendo R$ 3 mil no caso dos oficiais, delegados e peritos criminais. A adesão à jornada extra é possível porque os policiais possuem em uma escala especial, como 12h de trabalho por 36h de folga ou 24h por 72h de descanso.
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