UFPE: 80% aderem à greve, diz sindicato

A quarta-feira (16) foi o primeiro dia útil da greve por tempo indeterminado dos professores dos três campi da UFPE. Segundo a Associação dos Docentes (Adufepe), 80% da instituição ficou paralisada, tanto na graduação quanto na pós-graduação. Além desses profissionais, estudantes e servidores técnico-administrativos também participam da mobilização, que envolve a ocupação de 11 prédios da universidade no Recife, em Caruaru, no Agreste, e em Vitória de Santo Antão, na Mata Sul. Cerca de 43 mil discentes estão sem aulas.

“Historicamente, a pós-graduação dificilmente entrava em paralisação. Os professores da pós não paravam, mas com o movimento das ocupações, a entrada do aluno da pós também está comprometida. Nós temos alguns centros que continuam funcionando e não têm ocupação, parte dos professores ainda dão aula, como é o caso do CTG, CCSA, CIN e CCN”, elenca Augusto Barreto, presidente da Adufepe.

De acordo com o balanço da assessoria de imprensa da UFPE, os prédios ocupados são os centros acadêmicos de Vitória (CAV), do Agreste (CAA), de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), de Artes e Comunicação (CAC), de Educação (CE) e de Biociências (CB), além da FDR e do Núcleo de Educação Física e Desportos (NEFD), do Departamento de Enfermagem e dos Núcleos Integrados de Atividades de Ensino (Niates) CB-CCS e CFCH-CCSA. A última greve de professores da UFPE aconteceu em 2012 e durou quatro meses.

Hoje, a Adufepe se reúne para montar uma agenda diária de mobilizações, assembleias e atividades. Um debate com a reitoria da universidade será feito em breve, mas a data não está confirmada. A principal reivindicação é a democratização dos espaços deliberativos da universidade, ou seja, mais participação dos estudantes nas decisões universitárias. Eles também pedem por paridade entre professores, alunos e técnicos no conselho universitário, restaurante universitário nos três campi, reabertura da casa do estudante masculina do Recife, entre outros pontos.

da Folha de Pernambuco

 

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