Os professores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) entram em greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira, dia oito de novembro. A paralisação foi votada ontem em assembleia geral realizada pela Associação dos Docentes (Aduferpe) simultaneamente nos campi do Recife, Serra Talhada e Garanhuns.
A paralisação foi aprovada por 311 votos, com 44 votos contra e três abstenções. No bairro de Dois Irmãos, no Recife, a assembleia teve início às 15h30 e terminou por volta das 18h30, contando com a participação de estudantes e funcionários. Nesta sexta-feira, a associação está enviando um documento à reitora comunicando oficialmente a greve dos cerca de 1.500 professores da instituição.
A greve é uma mobilização contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que congela investimentos por 20 anos independente da arrecadação da União e contra o Projeto de Lei Complementar 257 (PLP 257/16), que estabelece o Plano de Auxílio aos Estados e ao Distrito Federal e medidas de estímulo ao reequilíbrio fiscal. De acordo com os servidores, as novas regras trazem a perda dos direitos trabalhistas e cortes nas áreas de educação e saúde.
Também ontem, os professores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) aprovaram o indicativo de greve da categoria. A decisão foi votada em assembleia geral realizada no Clube Universitário e encerrada por volta das 13h. Na prática, a decisão significa que na próxima assembleia, já marcada para o dia 10 deste mês, os docentes poderão deflagrar uma greve por tempo indeterminado. De acordo com a Associação dos Docentes da UFPE (Adufepe),
No dia 22 de outubro, os professores paralisaram as atividades por 24 horas em adesão à paralisação nacional em defesa da educação, do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos direitos trabalhistas. O ato foi aprovado em assembleia e fez parte da mobilização das centrais sindicais contra a atual conjuntura política do país.
Diário de Pernambuco