Após quase três horas de negociação, trabalhadores dos Correios em Pernambuco decidiram por não deflagrar a greve, prevista para ter início a partir das 22h desta quarta-feira (14). A decisão foi confirmada após a assembleia da categoria, que acatou a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho, enviada na última sexta por representantes da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT). No texto, a ECT propôs reajuste salarial de 9%, nos seguintes percentuais: 6% imediatos e 3% a partir de fevereiro de 2017, além de correção no valor dos benefícios de 8,74%.
Segundo o secretário de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Pernambuco (Sintect-PE), Eliomar Moreira, apesar de não ser uma decisão fácil de ser tomada, uma vez que o pleito da categoria era de reajuste salarial de 15%, mais ganho linear de R$ 300 e aumento de R$ 33 para R$ 45 no vale alimentação, a deliberação foi aprovada pela maioria da categoria. “Dos nossos 36 sindicatos em vários estados, apenas os sindicatos de Minas Gerais, Piauí e Sergipe foram contra a proposta. Diante da atual conjuntura, consideramos esse desfecho positivo, uma vez que esgotamos a possibilidade de avanço nas negociações com a empresa”, afirma o secretário.
De acordo com Eliomar, além dos reajustes citados, a categoria conseguiu também que fosse incorporado ao seu salário-base R$ 150, valor que eles tinham a título de gratificação.
Negociações – No último dia 6 de setembro, em assembleia, a categoria havia rejeitado a sugestão de Acordo Coletivo feita pela ECT. Nela, a empresa propunha reajuste salarial e de benefícios de 6,74%.
Segundo os representantes dos ecetistas no Comando Nacional de Negociação, somadas todas as perdas com o aumento do compartilhamento, a diminuição dos vales alimentação/refeição, reembolso creche e babá e o vale cultura, o valor proposto pela ECT não cobria metade das perdas da categoria.
Com informações da Folha PE