PIB de Pernambuco caiu 3,5% em 2015

A economia pernambucana sofreu uma queda de 3,5% na estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) em relação a 2014. Em valores correntes, o PIB foi de R$ 155,4 bilhões. O desempenho do ano incorpora o resultado do quarto trimestre, no qual a economia pernambucana apresentou uma redução de 6,3% em comparação ao mesmo período de 2014.

Por setores, a indústria amargou a maior retração, de -6,6%, seguida pelo recolhimento de impostos (-4,3%) e o setor de serviços (-2,7%). Apenas a agropecuária apresentou resultado positivo, com crescimento de 5%.

Indústria

A indústria de transformação registrou um decrescimento de 2,3%, com contribuição positiva do ramo de produtos alimentícios (9,7%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento na fabricação de açúcar e de produtos da indústria de carnes e derivados. Em sentido contrário, os principais resultados negativos foram da produção física dos ramos de outros equipamentos de transporte (-26,7%) pela menor produção de embarcações para transporte (inclusive plataformas); de bebidas (-12,7%) pela queda na produção de cervejas, chope e aguardente de cana-de-açúcar.

Outro segmento que influenciou no desempenho negativo da indústria foi o da construção civil, com um decrescimento de 11,8%, com a descontinuidade tanto de investimentos privados na construção imobiliária, como de investimentos públicos em infraestrutura.

Serviços

As atividades que mais impactaram neste resultado foram: comércio (-8,0%) e transportes (-5,2%). A atividade comercial recebeu impacto direto do ajuste do mercado de trabalho e da menor confiança dos consumidores e do endividamento das famílias. Alguns ramos, entretanto, registraram bons resultados no período: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos cresceram 7,3% e outros artigos de uso pessoal e doméstico, 3,3%.

Agricultura

A agricultura apresentou crescimento de 4,3%, apesar das lavouras permanentes terem se reduzido em 1,2%, influenciadas pela queda na produção de banana, coco-da-baía e maracujá, que não foi contrabalançada pelo desempenho positivo da manga e da uva.

Nas lavouras temporárias (8,7%), destacaram-se no crescimento da produção, a cana-de-açúcar e a mandioca. A pecuária apresentou crescimento de 6,9%, especialmente devido ao aumento na produção de ovos e leite.

Folha de Pernambuco

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