Peixe tem preço competitivo na feira livre

 

Muita gente acordou cedo para realizar as compras da Semana Santa nesta quinta-feira. Às 7h da manhã, a feira livre de Vitória de Santo Antão já registrava uma movimentação intensa na procura pelo peixe e pelos materiais que compõem o cardápio do final de semana. Nos bancos de comércio houve um acirramento de preço nos produtos que lideram o interesse do consumidor neste período. Para conferir de perto, a nossa equipe de reportagem visitou 10 estabelecimentos comerciais localizados no centro comercial do município e concluiu que os valores estão competitivos.

Com igualdade nos valores, a disputa acirrada pelo cliente teve enfoque mesmo no atendimento e na agilidade em pesar e embalar o produto. Entre os peixes, a Corvina lidera as vendas com preços que chegam de R$ 11 a 14 R$. Para o vendedor José João da Silva, 43 anos, a preferência tem uma explicação. “As pessoas procuram tamanho e sabor, e o preço desse peixe é o mais em conta”, disse.  “Também procuram muito Sardinha, Anchova e Tilápia, mas a Corvina é quem sai mais”, concluiu.

A dona de casa Maria Josefa, 33 anos, saiu de casa cedo e foi categórica na pesquisa pelo melhor preço. Levou para casa o que achou mais barato e não encontrou muitas variações. “Tá quase tudo no mesmo valor. Foi bom porque ninguém saiu ganhando em cima da gente. Todos os preços estão em conta, na minha opinião”.

Apesar do entusiasmo de alguns pela procura, há opiniões divergentes entre os comerciantes sobre as vendas neste ano. Para uns, a crise econômica afastou a clientela de forma relevante. Gildo Alves dos Santos, 58 anos, não tem muitos motivos para comemorar. “Minhas vendas esse ano caíram 60%, por causa desse movimento fraquíssimo. São onze horas da manhã e ainda tem peixe aí (nas prateleiras) e pouca gente chegando pra comprar. A crise só afeta os pobres, já os políticos não sabem nem o que é isso”, desabafou. Gildo é dono do negócio há 35 anos e, embasado na própria experiência, completa: “acho que foi o pior ano pra todo mundo”.

Outro vendedor, Severino Souza, 41 anos, gostou do movimento. Ele passou a manhã atendendo os clientes ao lado de um ajudante e, quando foi perguntado sobre a crise, disse, em tom de ironia, que desconhece do assunto.  “Isso passou muito longe do meu banco”, brincou.  O preço do coco também estava páreo. A maioria das placas informava que a unidade do produto custava R$ 3,00. No banco de Maria José da Conceição, na Praça da Bandeira, o quilo foi comercializado a R$ 10. A procura, segundo ela, foi boa desde o começo da semana.

Por Marcio Souza, do Blog Nossa Vitória. 

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