Auxílio cobre atendimento de crianças com malformação, além de gestantes. Verba será repassada mensalmente para 25 unidades.
Unidades de saúde do estado, que integram o Sistema Único de Saúde (SUS), contarão com um auxílio financeiro para atender recém-nascidos e crianças portadoras de microcefalia, além de grávidas cujos bebês estejam sob suspeita da malformação. O decreto, publicado no Diário Oficial desta quinta-feira (3), foi justificado por conta da situação de emergência por epidemia do vírus da zika em Pernambuco.
A verba será repassada mensalmente para 25 unidades, entre hospitais e Gerências Regionais de Saúde (Geres). Ela será cancelada caso haja repasse de recursos federais específicos para ações e serviços de atendimento para pacientes com microcefalia.
“Isso [repasse] vai depender da produção de cada hospital. Esse auxílio é 100% estadual. O Ministério da Saúde, até agora, não liberou nenhum financiamento para o enfrentamento dessa situação”, reclama o secretário estadual de Saúde, Iran Costa.
Serão R$ 743,65, por paciente, para atendimento integral para o bebê e a gestante. No atendimento integral, as unidades são responsáveis por fazer todo o acompanhamento, do diagnóstico ao tratamento. Já para os serviços de reabilitação das crianças com a malformação, será repassado o valor de R$ 425 por paciente.
De acordo com o secretário, esses valores surgiram após um cálculo feito pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Para ele, não tem como ter uma demanda maior nessas unidades sem garantir alguma estrutura para o funcionamento.
“Já existe um contrato dessas unidades com a Secretaria, um contrato para tantas cirurgias, para tantos atendimentos e tantos para internação. Então essa verba será acrescida a esse protocolo que incluirá os atendimentos feitos para microcefalia”, completa Costa.
Na manhã desta quinta-feira, o governo estadual ainda anunciou a convocação de 2.560 profissionais para reforçar os atendimentos aos pacientes em 18 unidades. Esses profissionais, de diversas áreas, integrarão o atual quadro, que conta com 24 mil funcionários. A convocação, a maior nos últimos 20 anos, pretende fortalecer e dar uma atenção maior aos casos de pacientes com dengue, febre chikungunya e com o vírus da zika.
Informações do G1 PE
Foto: Ueslei Marcelino/Reuters