Governo prometeu atender as demandas da categoria
Em assembleia realizada na tarde deste sábado (13), os agentes penitenciários de Pernambuco decidiram suspender a paralisação marcada para o próximo domingo (14). A decisão, de acordo com o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco (Sindasp-PE), se deu após reunião com o secretário de Administração Milton Coelho e o secretário executivo de Ressocialização Eden Vespaziano nesta manhã.
Durante a reunião, Milton Coelho estipulou alguns prazos para cumprir com as demandas dos agentes penitenciários. “Foram todos prazos curtos, então vamos dar esse voto de confiança ao governo”, disse o diretor de imprensa do sindicato Sandro Aires.
Entre as ações divulgadas pelo secretário de Administração está a entrega de 200 coletes à prova de balas até a próxima quinta-feira (18) em caráter emergencial. Outros 500 devem ser entregues após processo licitatório. Os agentes estavam usando coletes já vencidos.
Até o final de fevereiro, 24 caminhonetes devem ser entregues ao sistema prisional, e mais 20 em março. Outra promessa é o concurso para a contratação de 200 agentes penitenciários, cujo edital já estaria em trâmite administrativo. “Nós questionamos que a quantidade ainda é insuficiente, mas ele [Milton Coelho] disse que é uma política do governo de não fazer concurso com muitas vagas, porque gera muita demora”, comenta Sandro Aires.
Os agentes também devem ganhar um auxílio alimentação de R$ 350 a partir de abril. Sobre a reivindicação da falta de munição não letal, o governo disse que já está aberta a licitação para a compra de novas munições. Segundo Aires, o estoque está baixo, mas ele evita dizer a quantidade por questões de segurança.
O Sindasp-PE também pediu que o governo retirasse as ações judiciais que pretendiam multar o sindicato caso este realizasse paralisação e que autorizava o Estado a designar policiais militares para fazer a função de agentes penitenciários. A secretaria de Administração também vai definir até o final de fevereiro uma reunião a ser realizada em março para discutir o reajuste salarial de 2016 dos agentes. “Se o governo não cumprir com o que está prometendo, vamos voltar a fazer mobilizações”, concluiu o diretor de imprensa do sindicato.
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