Como parte do trabalho de combate ao mosquito, o governo estabeleceu, em dezembro do ano passado, que 100% dos imóveis brasileiros seriam inspecionados pelos agentes de combate às endemias e militares até o dia 31 deste mês. Até o dia 22, no entanto, apenas 15,21% dos 49.226.767 domicílios urbanos no Brasil foram visitados em 2.548 municípios de 19 unidades da federação. Em Pernambuco, passaram por inspeção 334.193 imóveis, o que representa 15,98% dos domicílios urbanos do Estado, de acordo com dados parciais divulgados pelo Ministério da Saúde na tarde desta sexta-feira (22). Vale frisar que apenas 13 municípios de Pernambuco alimentaram o Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).
Para diminuir a infestação do Aedes aegypti, o governo estabeleceu uma nova data: até o fim de fevereiro, devem ser inspecionados no Brasil 100% dos domicílios e instalações públicas e privadas urbanas. As visitas feitas pelos agentes de combate às endemias e militares têm como objetivo eliminação os criadouros do mosquito e orientar a população sobre os cuidados de prevenção.
Segundo o Ministério da Saúde, o Estado da Paraíba registrou a maior cobertura de visitas domiciliares, com 49,29% dos imóveis trabalhados, seguido pelo Rio de Janeiro (30,15%) e por Sergipe (28,13%). Oito estados ainda não enviaram dados relativos às visitas já realizadas: Amazonas, Roraima, Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
“Nessas visitas, identificamos 3% dos imóveis com focos do mosquito. A meta é reduzirmos esse índice de infestação para menos de 1% em todos os municípios brasileiros. Isso demonstra que não seremos vitoriosos se não informarmos claramente à população e mobilizarmos a sociedade para eliminar o Aedes. A prioridade é não deixar que ele nasça”, alerta o secretário-executivo substituto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira.
No Recife, 43 dos 94 bairros estão sob controle de infestação pelo mosquito, segundo o retrato apresentado pelo primeiro Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) do ano da cidade. O mapeamento atual, que apresenta índice de infestação de 1,1, é menos preocupante do que o 1º LIRAa de 2015, quando o índice chegou a 2,4. Naquele ano, a cada 100 domicílios no Recife, 2,4% apresentavam focos de reprodução do mosquito. Agora, 1,1% dos imóveis pode ter larvas do Aedes aegypti na mesma proporção.
“No geral, apesar de o risco estar mais baixo do que o de 2015, há bairros com risco alto e muito alto. Além disso, mesmo que a densidade vetorial esteja baixa, em função da intensificação das ações de combate ao mosquito, a circulação de vírus novos (chicungunha e zika) exige que a população se mantenha em alerta”, reforça a secretária-executiva de Vigilância à Saúde do Recife, Cristiane Penaforte.
Na capital pernambucana, mais de 27 mil imóveis já foram vistoriados nos mutirões dos finais de semana, desde o dia 28 de novembro do ano passado, quando soldados do Exército e agentes de saúde ambiental e controle de endemias iniciaram a parceria. Os mutirões aconteceram nos bairros da Cohab, Morro da Conceição, Espinheiro, Ibura, Nova Descoberta, Jordão, Dois Unidos, Linha do Tiro, Recife Antigo (Comunidade do Pilar), Jardim São Paulo, Várzea, Brasília Teimosa, Boa Viagem, Joana Bezerra, Bongi e Estância.
Informações da Casa Saudável