A expectativa é de aumentar o número de doações no mínimo em 15%
Para garantir estoque de sangue durante o período carnavalesco, o Hemope começou ontem uma campanha para convidar os foliões e não foliões a doarem sangue. No primeiro dia da campanha, os doadores foram recepcionados na Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco pela Banda da Polícia Militar de Pernambuco e pelo bloco lírico O Bonde. A campanha com o mote Solidariedade combina com qualquer fantaia Doe Sangue, será veiculada na televisão, rádio, outdoors e cartazes nos ônibus e estações do metrô.
A expectativa é de aumentar o número de doações no mínimo em 15%. No ano passado, a campanha conseguiu aumentar em 38%, totalizando de 7,4 mil doações na primeira semana da campanha. A ação visa aumentar os estoques do banco de sangue, principalmente os de RH positivo (A+, B , AB e O ), que estão em situação crítica. “Contamos com a solidariedade do povo pernambucano para repor o estoque de sangue, bem como ajudar a salvar muitas vidas”, comentou a presidente do Hemope, Yêda Maia.
De acordo com Anna Fausta Cavalcanti, diretora do Hemocentro de Recife, os estoques que estão em situação mais preocupante é o dos tipos sanguíneos com RH positivo, que são os que mais têm demanda de saída. Também estão em estado de alerta os sangues de tipo A- e O- . Os mais estáveis, atualmente, são o AB- e B-. O sangue do tipo O- é considerado doador universal, uma vez que todos os outros tipos sanguíneos são compatíveis. Já o AB é tido como receptor universal, por receber sem alteração todos os outros.
Danilo Lino, que estava no local durante o lançamento da campanha e é um doador regular, acredita que o ato faz parte da cidadania. “A gente só tem a ganhar ajudando ao próximo”, reforçou. Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar mais de 50 quilos, ter feito tatuagem e piercing até seis meses antes da doação. Pessoas com comportamento de risco para doenças sexualmente transmissíveis, devem esperar 12 meses para doar. Quem teve Hepatite A depois dos 10 anos, mas para os que têm alguma doença transmissível pelo sangue, como hepatites B e C, Aids/HIV, doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas, não podem realizar doação.
Diario de Pernambuco