Na contramão da campanha de enfrentamento ao Aedes aegypti, Vitória de Santo Antão tem deixado os agentes de saúde sem larvicida – pó que é coloca na água parada martas as larvas do mosquito. Segundo a denúncia dos agentes à TV Globo Nordeste, há cerca de cinco meses não são distribuídos o produto.
Sem o material, o trabalho se resume a orientação nas casas. “A gente entra e faz a educação. A gente só trabalha com educação, já que não tem o produto pra trabalhar”, contou a agente Sueli Maria, na entrevista.
A secretária de saúde do município, Veraluce Lira, informou que desconhece a falta do lavircida e disse ainda que só houve uma redução na quantidade enviada pelo Ministério da Saúde. “A gente não tá trabalhando com a quantidade adequada de larvicida, porque houve um problema no sistema de informatização e eles não conseguiram liberar pra gente a quantidade necessária, mas a gente tem material para que eles possam trabalhar”, disse. Ainda segundo a secretária, caso uma nova quantidade não seja enviada, o município deverá adquirir.
O problema não é apenas com a falta de material de trabalho. Os moradores também informaram a ausência de visita dos agentes nas casas. “Faz muito tempo que teve um agente aqui. Bastante tempo mesmo, aí a gente mesmo que toma cuidado”, denunciou Rafaela Priscila.
“Todos os bairros de Vitória de Santo Antão têm esse défice, são 58 agentes de endemias para cobrir 135.850 habitantes. É um défice enorme”, informou o agente Michelson Gomes. De acordo com a secretária de saúde, devido os recursos ainda não foi realizado um novo concurso para aumentar o quadro. “A gente tem 70% da cidade coberta, mas, independente disso são feitas ações de saúde”, afirmou.