As relações diplomáticas entre Brasil e Japão datam de 1895, quando os dois países firmaram o Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, em Paris. Nesta quarta (11), os 120 anos da assinatura do acordo foram lembrados em solenidade na Assembleia Legislativa, por iniciativa do presidente da Comissão de Assuntos Internacionais, deputado Joaquim Lira (PSD).
À época do pacto, o governo brasileiro demonstrava interesse em receber imigrantes para o trabalho nas lavouras de café, na zona rural de São Paulo. Hoje, os imigrantes japoneses no Brasil e seus descendentes formam a maior comunidade nikkei do mundo, estimada em 1,6 milhão de pessoas. Pernambuco registra a presença japonesa há quase 60 anos, no município de Bonito, Agreste, onde imigrantes formaram cooperativa agrícola em 1958.
Presidindo a Reunião Solene, Tony Gel (PMDB) destacou que “o intercâmbio cultural resultante das relações entre as nações engrandeceu ambos os países”. “Combinadas a disciplina dos japoneses e a alegria dos brasileiros nasceu um ideal de cultura que compõe um modelo para o mundo”, analisou Joaquim Lira. Para o cônsul do Japão no Recife, Yasuhiro Mitsui, “é uma imensa alegria observar que os descendentes dos primeiros imigrantes contribuem de alguma forma para o desenvolvimento da sociedade brasileira”.