Os motivos para os pesados reajustes de hortaliças e frutas são diversos. Estiagem, períodos de entressafra, disponibilidade de recursos hídricos, elevação do dólar que se reflete nos insumos agrícolas e aumento da demanda são os principais deles.
“A cebola tem sido a grande vilã e os preços não devem baixar a médio prazo”, prevê Marcos Barros. O tomate também tem tido grandes oscilações. De acordo com a pesquisa mensal da cesta básica realizada pelo Dieese, foi um dos itens que mais pesaram na feira, com aumento de 43,09% entre abril e maio deste ano. “Em maio de 2015, o trabalhador que ganha um salário mínimo gastou 48,78% do vencimento com produtos da cesta básica”, afirma a supervisora técnica do Dieese, Jackeline Natal.
A economista doméstica e professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Iêda Litwack ressalta que a maioria das hortaliças oscila muito de preço, com picos de alta e baixa. Por isso é importante variar o prato, pesquisar preços, buscar promoções e fugir dos itens que estão na entressafra. “Muitos estabelecimentos promovem dias com preços atrativos para frutas e hortaliças, como quinta-feira verde”, conta.
Outra dica é trocar as frutas e verduras mais caras pelas mais baratas que apresentam tonalidades semelhantes. A batata inglesa pode ser substituída, por exemplo, pelo inhame. “O ideal é que a família planeje seus cardápios de acordo com o calendário agrícola, o que pode inclusive fortalecer o consumo de produtos locais”, frisa.