Os policiais civis de Pernambuco decidiram fazer uma paralisação de 24 horas, na próxima terça-feira (19). Serviços como a emissão de documentos e a confecção de boletins de ocorrência serão suspensos, sendo mantidos os flagrantes nas delegacias. A decisão foi tomada em assembleia da categoria, realizada no início da noite desta quarta (13), na frente do Palácio do Campo das Princesas, no bairro de Santo Antônio, na área central do Recife.
A votação ocorreu após uma reunião com os secretários-executivos da Casa Civil Marcelo Canuto e André Campos. O objetivo foi tratar da pauta de reivindicações, entregue no dia 30 de janeiro. Os manifestantes reivindicaram demandas como a equiparação da gratificação com a recebida por delegados. Conforme a entidade sindical, os titulares das delegacias recebem 225% sobre o salário. A categoria também pediu melhores condições de trabalho e equipamentos, além de alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos. “A Polícia Civil está em colapso. Os inquéritos estão se acumulando. Enquanto isso, os bandidos estão soltos”, declarou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros.
À tarde, antes da decisão pela paralisação, cerca de mil pessoas, entre policiais civis e representantes de outras categorias, realizaram uma passeata pelas principais ruas e avenidas da área central da Cidade. O ato teve concentração em frente à sede do Sinpol-PE, em Santo Amaro, passando pela avenida Cruz Cabugá, rua do Hospício e avenida Conde da Boa Vista. O trânsito ficou complicado na região. As centrais Intersindical e CUT participaram da mobilização em solidariedade aos policiais.
De acordo com a assessoria de imprensa da Casa Civil, o secretário Marcelo Canuto ressaltou a disposição da atual gestão em manter diálogo com a categoria. O gestor informou que, mesmo com a data-base da classe programada para junho, todos os pontos da pauta serão aprofundados por comissões temáticas formadas pelas Secretarias de Defesa Social (SDS), de Administração (SAD) e da Fazenda (Sefaz), de modo a avaliar o impacto financeiro das reivindicações.