Times foram rebaixados no Campeonato Pernambucano, mas já pensam em 2016.
Rebaixadas no Campeonato Pernambucano, Ypiranga e Vera Cruz fizeram duas campanhas que não deixarão boas lembranças para os torcedores. Desde o primeiro turno a Máquina de Costura apresentava sinais do que veio a se transformar em rebaixamento. A equipe terminou a fase na penúltima colocação com 14 pontos, conquistados em 14 jogos, sendo três vitórias, cinco empates e seis derrotas. Já o desempenho no hexagonal da permanência pode ser considerado desastroso. A equipe terminou na última colocação com seis pontos marcados. Em dez jogos o alviazulino foi derrotado em seis oportunidades, empatou três vezes e venceu apenas uma.
O Vera Cruz teve um início diferente, terminou a primeira fase na terceira colocação e por um ponto não disputou o hexagonal do título. O Galo das Tabocas conquistou 22 pontos em 14 partidas. Venceu seis jogos, empatou e perdeu quatro. Mas no hexagonal da permanência a história mudou. A equipe de Vitória de Santo Antão marcou 12 pontos em dez partidas, sendo quatro derrotas, três empates e três vitórias.
YPIRANGA-PE
O Ypiranga foi a primeira equipe do país a ser rebaixada para a segunda divisão do estadual. O time não disputa a série A-2 do Pernambucano desde 2004. O presidente do clube, José Nelson, atribui o mau resultado do clube ao baixo orçamento e as administrações anteriores.
– A queda é reflexo de gestões passadas e também porque tivemos um nível financeiro abaixo do esperado para fazer um time para o Pernambucano. Desde 2013 tivemos uma redução da receita, poderíamos ter caído em anos anteriores, mas conseguimos nos manter. Não conseguimos patrocínios suficientes para montar uma equipe competitiva, mas fizemos um planejamento e cumprimos. Não deixamos contas para ninguém, fomos rebaixados com dignidade e honra.
VERA CRUZ
A volta do Vera à elite do futebol pernambucano foi curta. O Galo das Tabocas conseguiu o acesso no ano de 2014, mas mal subiu e já foi rebaixado. Fernando Nogueira, presidente do clube, assume a responsabilidade pela queda, mas diz que o aspecto emocional e a dificuldade de apoio financeiro contribuíram.
– O planejamento que fizemos foi com a equipe que subiu. Um time jovem e aguerrido. Eu não podia contratar 20 jogadores e demitir os que conseguiram o acesso, eu apostei na equipe e não aconteceu o que esperávamos. Fizemos um bom começo de campeonato, mas nas últimas rodadas jogamos abaixo do esperado e infelizmente não conseguimos nos manter. O principal motivo da queda só vamos saber com o tempo. Não vou colocar a culpa em ninguém. Eu assumo a responsabilidade. Aqui a ajuda é pouca, falta apoio da cidade e das empresas. Trabalhamos com o que temos, e eu confiei nos garotos. A euforia em alguns jogos nos prejudicou e o emocional atrapalhou na fase final, mas a vida continua.
FUTURO
Ambos os clubes têm um planejamento parecido para a próxima temporada. O Ypiranga volta suas atenções para o Campeonato Pernambucano Sub-20. Em relação a Série A-2, o presidente preferiu deixar em aberto os questionamentos para a nova diretoria responder, já que haverá eleição no mês de outubro. Já o Vera Cruz vai continuar investindo na categoria de base do clube para novamente conseguir o acesso ano que vem. O planejamento é apostar nos jovens talentos