O ano de 2016 pode ser oficialmente dedicado à homenagear o ex-governador Miguel Arraes em Pernambuco. Ao menos é o que defende um projeto em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
De acordo com a proposta, o ano de 2016 seria dedicado às comemorações do centenário de nascimento do ex-governador. O projeto também prevê a realização de homenagens resultantes de parcerias do Governo de Pernambuco com o Instituto Miguel Arraes, dirigido pelo neto e advogado Antônio Campos.
A iniciativa é do deputado estadual Henrique Queiroz (PR) e foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, a principal da Alepe, nesta terça-feira (3), e deve seguir para votação em Plenário.
Nascido em Araripe, no Ceará, Arraes fez sua carreira política em Pernambuco, estado que governou em três ocasiões. Arraes foi presidente nacional do PSB entre 1993 e o ano da sua morte, em 2005.
Eleito governador pela primeira vez em 1962 pelo Partido Social Trabalhista (PST), Arraes forçou usineiros a assinarem o Acordo do Campo, que assegurou o pagamento de salário mínimo para os produtores rurais.
Arraes foi deposto dois anos depois, com o golpe militar, quando foi preso. Ele foi enviado para o exílio, na Argélia, em 1965. Em 1979, após a anistia, retornou ao Brasil.
Filiado ao PMDB, ele venceu as eleições para governador em 1986 e conquistou o terceiro mandato em 1994, já aos 78 anos. Seu último mandato foi marcado pelo Escândalo dos Precatórios.
Arraes é avô do também ex-governador Eduardo Campos, que faleceu no ano passado, quando concorria à Presidência da República.