Começa a corrida pelo milho para o São João

Preço da “mão” varia entre R$ 20 e R$ 25 este ano

Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco
O período junino ainda não chegou, mas o milho já começou a ocupar um espaço maior na dieta dos pernambucanos. Este ano, o bom resultado das colheitas garantiu oferta abundante e promete aquecer ainda mais o consumo durante os festejos de São João, quando ele se torna o protagonista das receitas. No Centro de Abastecimento Alimentar (Ceasa) de Pernambuco, as vendas já estão aquecidas. Em tempos de Copa do Mundo, o centro montou um esquema especial de atendimento para aproveitar a demanda. Nos dias dos jogos do Brasil, o espaço abrirá da meia-noite às 13h, exceto o comércio do milho verde, que funcionará 24h.

“O abastecimento foi 30% maior do que o ano passado. Em 2013, o comprador não encontrava produto nessa época”, informou o supervisor do departamento de Mercado do Ceasa, Eronildo Barbosa. Com tanto milho, os preços estão melhores em relação ao ano passado, quando a “mão”, equivalente a 50 espigas, chegou a custar até R$ 60 na véspera das festas de junho. Este ano, a mesma quantidade varia de R$ 20 a R$ 25.

O resultado melhor na colheita alimenta a tradição nas mesas das famílias e os negócios de muita gente. A cozinheira Luzinete Nascimento, conhecida como Dona Lu, comercializa milho cozido, bolos e pratos como canjica e pamonha. A fábrica caseira na comunidade do Entra Apulso, bairro de Boa Viagem, abastece padarias, lanchonetes e carroceiros, além dos consumidores comuns, e emprega 12 pessoas. Para ela, a perspectiva está melhor este ano. “O preço e a qualidade do produto estão melhores. Espero faturar mais R$ 1 mil em comparação a 2013, contanto também com o impulso da Copa”, informou.

Uma das grandes marcas de alimentos do País, a São Braz, espera um incremento de 20% nas vendas dos pratos à base do cereal, comercializados nos 19 coffee shops do grupo em Pernambuco. “A redução da temperatura nesta época do ano favorece a procura pelo café e os bolos e canjicas são preferências do consumidor no acompanhamento da bebida”, comentou o diretor comercial da rede, Walber Santos. Além dos cafés, os produtos da marca que abastecem supermercados, como o cuscuz e a canjiquinha em pó, também ganham força neste período. Até agora, as vendas de canjiquinha já aumentaram 53%. “Percebemos que o produto passou a ser uma escolha das donas de casa em busca de praticidade”, ressaltou Santos. Apostando no consumo familiar, a São Braz lançou, no ano passado, a versão do produto na embalagem de 400 gramas, antes só disponível em 200 gramas. A empreitada deu tão certo que este ano a marca pretende lançar a versão de 800 gramas e disputar de vez o espaço com o milho in natura durante os folguedos. 

Informações da Folha de Pernambuco