Pernambuco fecha 2013 com crescimento econômico de 3,5%

Apoiada no primeiro semestre, a taxa pernambucana superou os 2,3% do Brasil

O produto interno bruto (PIB) pernambucano cresceu 3% no último trimestre de 2013, finalizando o ano com crescimento de 3,5%, resultando em uma riqueza de R$ 125,7 bilhões. A taxa superou a nacional, que foi de 2,3%, e a de estados do Nordeste tidos como concorrentes quando se fala em buscar investimento. Bahia cresceu 3%, e Ceará cresceu 3,4%. O setor que mais contribuiu para o resultado foi a Agropecuária, que registrou 4,9% apesar dos decréscimos de 5,4% no último trimestre e de 7% no penúltimo. Serviços cresceu 3,9%, e a Indústria, 3,1%.
Na Agricultura, a agência Condepe/Fidem diz que o resultado se dá em decorrência de boas safras, principalmente, nas áreas sertanejas do Pajeú, Araripe e extremo norte da região de Petrolina, onde ocorreram melhores condições climáticas no ano passado. Por outro lado, os valores de 28,7% e 23,2% no primeiro e segundo trimestre de 2013 se explicam com as bases deprimidas das safras correspondentes ao mesmo período do ano anterior e que sofreram maiores quedas decorrentes de estiagens mais severas.
O setor de Serviços contou com os 4% e 4,6% do primeiro e segundo trimestres para se manter nos 3,9% gerais, puxados pelos 2,3% e 2,7% nos últimos trimestres. A taxa acumulada se dá pelos 7,8% do comércio e pelos 5,6% dos serviços de transporte. Na Indústria, o acumulado de 3,1% foi impulsionado pelo crescimento de 9,8% da construção civil, que permanece com destaque no setor em Pernambuco por conta da continuidade de grandes empreendimentos, como a refinaria Abreu e Lima e fábrica da Fiat, além de obras de mobilidade urbana na Região Metropolitana do Recife.
Por outro lado, a indústria de transformação se manteve estável (0,7%) e se segurou nos ramos de produtos químicos, de metalurgia básica – que são fornecedores da construção – e de papel e celulose, que tem os produtos utilizados em embalagens. Mas o que puxou para baixo foi o ramo de alimentos e bebidas, impactado negativamente pelo menor rendimento industrial da cana de açúcar, por influência de fatores climáticos na safra 2012/2013.

Folha PE