O PT de Pernambuco vai preparar um banco de dados com as obras e ações financiadas pelo Governo Federal em cada um dos municípios do Estado para rebater o discurso do PSB sobre a paternidade dos benefícios. A promessa foi feita no início da tarde desta segunda-feira (10) pelo secretário de Relações Institucionais da legenda, Veronis Carvalho.
A ideia do partido é corrigir uma “falha de publicidade” que faz com que as ações federais sejam identificadas como obra do governador Eduardo Campos (PSB); adversário no plano nacional desde que decidiu disputar a Presidência da República, ameaçando a reeleição de Dilma Rousseff (PT).
A munição para os petistas pernambucanos será fornecida tanto pelo Governo Federal, a partir de informações que serão repassadas ao partido pelos parlamentares da sigla, tanto pelo lado dos 13 prefeitos que o partido tem hoje no Estado, que irão levantar detalhes sobre a execução de programas federais como o Mais Médicos e o Minha Casa, Minha Vida.
Em outra frente, o PT recebeu a orientação de trazer ministros petistas e lideranças nacionais da legenda para o Estado. Na última sexta-feira (7), o senador Humberto Costa (PT) já havia revelado a intenção em uma coletiva ocorrida no Recife. ”Vamos cobrar a presença [do PT] em todos os eventos bancados pelo Governo Federal”, disse na ocasião.
Humberto foi uma das lideranças do PT que esteve reunido, na manhã desta segunda, com os prefeitos da legenda, na sede do Diretório Estadual. Recém-eleito líder da bancada petista no Senado com a missão de municiar os colegas sobre como rebater o discurso dos opositores, o senador se apresentou para os prefeitos como uma ponte do PT pernambucano com o Palácio do Planalto.
Durante a reunião, o prefeito de Surubim, Túlio Vieira, foi escolhido para ser o representante dos municípios na comissão de tática eleitoral montada pela sigla, que se reunirá pela primeira vez às 16h. Caberá a Túlio fazer a articulação entre os prefeitos e a comissão, que decidirá se o PT terá candidato próprio ou apoiará o senador Armando Monteiro (PTB), como querem Dilma e o ex-presidente Lula.
Na reunião desta tarde, a comissão montará uma agenda de trabalho e uma estratégia para chegar a decisão no Estado através de um consenso. O partido tem até março para bater o martelo sobre a candidatura.
Neste mês, um encontro de tática eleitoral deve discutir as teses apresentadas pelas diversas tendências petistas e aprovar aquela que será referendada na convenção partidária, em junho. O encontro também montará as chapas proporcionais.